• 01/07/2017
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GREVE OU FERIADÃO GERAL?


Percival Puggina

 

O jornalista Cláudio Humberto, em o Diário do Poder, critica a incapacidade dos órgãos de inteligência e de informação para prever o fracasso da dita greve geral de ontem, 30 de junho. E ilustra o insucesso da iniciativa das centrais sindicais companheiras e parceiras da esquerdalha generosa, angustiadas com a perda do imposto sindical (existe algo mais sagrado neste país do que o direito de receber e gastar o dinheiro produzido por outros?).

Assim, foram mobilizados em Brasília, pela Polícia Militar do DF, 2 600 homens para cuidar de algumas dezenas de manifestantes... O ambulante Reginaldo de Souza, com 12 anos de experiência na profissão, também avaliou mal o mercado e estocou mercadoria para atender a demanda. Indignado reclamava da falta de indignação do povo. "Cadê as pessoas?", reclamava.

Elas não compareceram. O que houve foi uma espécie de feriadão geral, mobilizado por servidores públicos, principalmente nos escalões mais altos dos poderes de Estado, onde esse tipo de folga funciona como evidência de status funcional. Quanto mais elevada a posição no ranking, mais espichados os fins de semana, os recessos e as férias. 

E, convenhamos, nada mais digno da corte do que indignar-se à sombra e à água fresca de um inesperado feriadão.