O CASO DA EDUCAÇÃO

Gastão Lara Mesquita

07/06/2015

De vespeiro.com

A primeira condição para voltarmos a ter uma educação que puxe o país para cima (sim, ela ja foi assim no Brasil!) é nossas escolas voltarem a entregar educação em vez de empulhação.

Vai ser uma luta muito dura porque envolve a grande chave comutadora de tudo: a decisão sobre se este país quer ser uma meritocracia ou continuar para sempre nesse troca-troca entre liberdade para roubar e distribuição de pequenos privilégios para comprar a conformidade dos roubados.

O alvo essencial desses “professores” black-blockeados que, ha anos sem fim, servem a dose diária de ultimate fighting jurássico-ideológico que inferniza a vida do país é a meritocracia. Bani-la para sempre do dicionário geral da língua portuguesa é a única condição essencial à sobrevivência deles como espécie porque militância profissional e meritocracia são coisas tão irreconciliavelmente incompatíveis e mutuamente excludentes quanto o musgo e o sol.

Não confundí-los jamais com os professores de verdade, cada vez mais humilhados e ofendidos. Estes só terão remissão quando se impuserem aos que lhes usurparam a palavra e limparem o seu ambiente de trabalho do entulho político e corporativo que come a diferença entre o dinheiro que os brasileiros ja investimos em educação — igual ou maior que o que os melhores do mundo investem — e o resultado que colhemos depois de reparti-lo entre os professores de verdade e a multidão dos que se infiltraram no sistema com pistolões políticos e permanecem lá dentro por todos os motivos menos pelo do merecimento.

 

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O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ofereceu a Cuba condições vantajosas no financiamento do porto de Mariel, a 40 quilômetros de Havana, incluindo um prazo de 25 anos para pagar,segundo informam os repórteres Raquel Landim e Bruno Villas Boas em reportagem publicada hoje pelo jornal Folha de S. Paulo.

O banco resolveu abrir informações sobre suas operações no exterior, inclusive Cuba e Angola, como reclamava a oposição, o Congresso e o TCU. Dilma chegou a vetar no mês passado uma lei aprovada pelo Congresso e que exigia a abertura, mas agora rendeu-se às pressões.

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Dados do polêmico empréstimo foram tornados públicas pela primeira vez nesta terça, junto com várias operações feitas pelo banco no exterior desde 2007.

O BNDES sofre forte pressão do TCU (Tribunal de Contas da União) e do Congresso para dar mais transparência aos empréstimos que concede com dinheiro público.

O empréstimo cubano teve o prazo mais longo entre as obras financiadas fora do país –a maioria perto de 15 anos.
As taxas de juros dos cinco empréstimos disponíveis no site do BNDES, que totalizaram US$ 682 milhões (R$ 2,1 bilhões), variam entre 4,44% e 6,91% ao ano. A obra é realizada pela construtora brasileira Odebrecht.

O financiamento do porto –trunfo do regime comunista dos irmãos Raúl e Fidel Castro– foi objeto de controvérsia na eleição de 2014. A oposição acusou o governo do PT de favorecer Cuba.

Para especialistas ouvidos pela Folha, as condições do empréstimo são "normais" para o tamanho e a complexidade da obra, mas se tornam "atípicas" para o perfil de risco da ilha, que não acessa o mercado de capitais.

Cuba é um dos países com pior nota de risco de crédito do mundo, com Venezuela e Paquistão. Cálculo do professor Aswath Damodaran, da Universidade de Nova York, diz que o país deveria pagar juros de 11% a 12% ao ano.

Uma das poucas comparações possíveis é com financiamento do Porto do Sudeste, projeto de Eike Batista vendido para investidores estrangeiros. Neste caso, o BNDES concedeu, direta e indiretamente, cerca de R$ 1,74 bilhão, com juros mais altos e prazos menores que o porto cubano -entre 7,9% e 8,9%, com 13 a 14 anos de prazo.

O BNDES diz que Mariel é uma obra de "valor elevado e de longo período de construção" e que o "repagamento da dívida é compatível com a vida econômica do projeto".

Os projetos tocados pela Odebrecht no exterior foram os mais contemplados pelo BNDES. Os empréstimos são concedidos para os países, mas condicionados a utilização de serviços brasileiros.

Segundo levantamento feito pelo professor do Insper Sérgio Lazzarini e pelo assistente de pesquisa Pedro Makhoul, as obras da Odebrecht responderam por 69% do total de obras financiadas pelo banco no exterior desde 2007.

 

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(Publicado originalmente no ex-blog Cesar Maia)


1. O PSDB nunca sabe se fica com a academia ou com a imprensa. De preferência, com os dois. Vota entre marcar posição e sair bem na foto. A questão de fundo é que passados os dias de votação, de brilho no plenário e de ampla cobertura da imprensa, recolhem-se os louros e os cacos e, então, se pode ver quem foram os vencedores e os perdedores.

2. Destacadamente um partido se pode sublinhar como perdedor: o PSDB. Seu abre alas era o “voto distrital misto”. Com todo o coro dos analistas criticando o “distritão”, se sentiu estimulado por uma possível aliança de voto com o PT e a opinião do relator na comissão de reforma política. Resultado, nem o PT votou no voto em lista que defendia e o PSDB mal conseguiu agregar uns 40 votos para o seu “distrital misto”. E se apalavrou em votar o “distritão” se não passasse o distrital misto. Descumpriu a palavra.

3. As manchetes do noticiário no dia seguinte exultaram com a derrota do presidente da Câmara Eduardo Cunha, defensor explícito do “distritão”, com o apoio não menos explícito do vice presidente Michel Temer, que foi poupado.

4. Os jornais que conseguiram produzir um segundo clichê puderam destacar que na segunda votação o que o PSDB e o PT davam como favas contadas (a exclusão das empresas do financiamento dos partidos nas campanhas) retornou numa outra emenda aglutinativa e obteve largos votos de maioria constitucional.

5. O PT sentiu que era melhor recolher sua coreografia, deixar com o PSOL, e não ser perdedor dali para frente. O líder do governo o fez explicitamente, deixando todas as demais questões em aberto. Afinal, num plenário de 28 partidos, a vida iria continuar por mais 3 anos e meio. E se o PT se isolasse, marcando posição, ficaria assim até o final da legislatura.

6. E veio a votação para terminar as coligações. O PSDB sapateou na tribuna. Em seguida, a votação do término da reeleição. O PSDB, patrono da causa com FHC e Sergio Motta, preferiu votar contra si mesmo, encolhendo-se e colocando o rabo entre as pernas. E, no final, a cláusula de barreira, em que o PSDB imaginava poder afirmar a tese germânica dos 5% dos votos eleitorais – tanto quanto o voto distrital misto.

7. Não levou em conta que na Alemanha, além dos 2 grandes partidos, são apenas 3 defendendo-se na linha divisória dos 5%. Aqui, além dos 3 maiores são mais 25 partidos. O PMDB –aliado ao relator de plenário- atuou com a competência parlamentar de sempre, agregando em seu entorno a constelação de médios e pequenos partidos.

8. Resultado: o PMDB venceu, o governo ficou olhando para o horizonte para manter sua base, e o PT foi se ajustando na medida em que novas votações vinham. Governo e PT não ficaram mal com os demais partidos (excluindo PT e PSDB), que somam 75% dos votos.

9. Perdeu o PSDB. Ficou com a pose em plenário. Perdeu a confiança de seus pares. Agora, com sua bancada de 10% dos deputados, terá que fazer oposição ao governo e ao PMDB, que dirige as duas casas. O PSDB foi o único perdedor.

 

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Reunida neste sábado no Plenarinho da Assembleia Legislativa do RS, a Convenção Gaúcha de Solidariedade a Cuba proclamou seu projeto revolucionário, cuja síntese pode ser assistida neste vídeo. É importante fazê-lo. Falam em implantação do comunismo no Brasil e em Pátria Grande.

São dois conceitos malignos que se conjugam. O Foro de São Paulo partiu do desejo de manter vivo o ideário comunista após a suposto “fimdo comunismo soviético. E o projeto da Pátria Grande cresceu com a chegada ao poder de partidos comunistas em países latino-americanos.

No Brasil é um projeto petista. Nossa política externa, questão de Estado, segue estratégias estabelecidas em conversas de grupos extremistas em mesa de bar. Não bastasse isso, se conjuga com certos interesses comerciais sob investigação do MPF. O orador do vídeo, por sua vez, não faz mais do que proclamar a continuidade do que está em curso e nunca deixou de ser projeto do PT e do seu parceiro incondicional, para o mal ou para o mal, o PCdoB.

O problema não está tanto no que fazem e no que propõem, mas na tolerância com o intolerável e na omissão dos omissos. É a sina de um país onde os petistas governam, a oposição partidária e parlamentar está nas mãos dos tucanos e os negócios para a governabilidade ficam por conta do PMDB. Não se consegue isso sem muita culpa no cartório da consciência dos eleitores.
 

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"As penas para os acusados podem chegar a até 20 anos de cadeia, mas depende de cada um dos acusados. Vamos ver cada investigação caso a caso para ver a possível pena para cada indivíduo", afirmou Loretta Lynch, secretária de Justiça dos EUA. O ato, de anúncio das investigações, que contou com a presença do promotor federal de Nova Iorque, Kelly Currie ocupou o noticiário nacional e internacional no dia de hoje.

Duvido que algum brasileiro medianamente informado tivesse algum dia sequer, por cinco minutos que fosse, imaginado que a Copa de 2014 foi um negócio correto, transparente e que as informações divulgadas sobre o evento fossem verdadeiras. Exceção? Talvez o placar de cada jogo. E nada mais.

Se um evento dessa magnitude, reconhecidamente um dos piores negócios feitos com o nosso dinheiro, teve comando da FIFA, influência da CBF e do governo do Brasil, poderíamos esperar algo diferente? Nem em sonhos.

As prisões feitas hoje e as declarações formais das autoridades norte-americanas, que já enviaram comunicados formas aos autoridades brasileiras, devem estar tirando o sono de muita gente.
 

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Câmara rejeita distritão e mantém modelo atual de eleição para deputados e vereadores
No distritão, os deputados e vereadores seriam eleitos apenas de acordo com a quantidade de votos recebidos. Foi mantido o sistema atual, que leva em conta os votos recebidos individualmente pelos candidatos e os recebidos pelo partido

Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Sessão para análise e discussão da Reforma Política. Deputados comemoram a rejeição do sistema eleitoral distrital (distritão)
Deputados contrários ao "distritão" comemoraram a rejeição desse sistema
O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça-feira o principal ponto da reforma política (PEC 182/07) proposto pelo deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ): o chamado “distritão”, modelo em que os deputados e vereadores seriam eleitos apenas de acordo com a quantidade de votos recebidos, no sistema majoritário. A proposta foi rejeitada por 267 votos a 210 e 5 abstenções.

A Câmara manteve o modelo atual, com sistema proporcional, que leva em conta os votos recebidos individualmente pelos candidatos de um partido e os recebidos pela legenda. Esses votos são usados para um cálculo de quantas vagas cada partido consegue preencher. Outras mudanças nesse sistema – como a cláusula de barreira e mudanças nas coligações – poderão ser discutidas nesta quarta-feira, quando o Plenário vai retomar a discussão da reforma.

Os deputados também rejeitaram, por 402 votos a 21 e duas abstenções, o sistema de votação em listas fechadas, que previa a distribuição das vagas de acordo com listas preordenadas. O sistema distrital misto – em que metade das vagas seria preenchida por lista e a outra metade pelo voto majoritário em distritos – também foi rejeitado pelo Plenário por 369 votos a 99 e 2 abstenções.

Antes de encerrar a votação, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ressaltou que manteve "rigorosamente" a promessa de votar a reforma política em Plenário, permitindo que os deputados votem todos os modelos propostos. Segundo ele, os deputados terão de arcar com o resultado das votações. "Não aprovar nenhum modelo significa votar o modelo de hoje, uma decisão que a Casa tem de assumir a responsabilidade", disse.

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