• Percival Puggina, com conteúdo do Diário do Poder
  • 14/04/2021
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TUDO PELO PODER, E DANE-SE O BRASIL!

Percival Puggina

 

Leio no Diário do Poder

Ao atingir a marca de 32 milhões de doses de vacinas aplicadas, o Brasil imunizou o equivalente à soma de toda a população de três países europeus: Bélgica, Portugal e República Tcheca.

Os europeus são elogiados pelo combate à pandemia, mas têm número proporcional de mortes maior que o do Brasil.

Na rica Bélgica, morreram 2.021 pessoas a cada milhão de habitantes. No Brasil o número é de 1,6 mil. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Se a campanha brasileira de imunização fosse realizada na Austrália, por exemplo, todos os 25 milhões de habitantes teriam recebido uma dose.

Os tchecos têm o segundo pior resultado do mundo: 2,6 mil por milhão. Em Portugal, foram 1,6 mil mortes para cada 1 milhão de habitantes.

No quesito mortes por milhão de habitantes, o Brasil é o 15º do mundo, também atrás de Itália, Reino Unido e Estados Unidos.

Comento

Há 36 anos aprendi com o amigo e mestre Prof. Cézar Saldanha Souza Júnior que, no presidencialismo, como o presidente da República é Chefe de Estado e Chefe de Governo, o amor à pátria frequentemente cede à política do momento. Assim, causar dano à imagem do país e depreciá-lo é entendido como dano ao governante que precisa ser derrotado. E a comunicação social vira uma sinistra operação de disiformation.  Em virtude desse fenômeno, mesmo com o time canarinho em campo, sempre há quem torça contra o Brasil.

Desde o resultado eleitoral de 2018, está escancarada a campanha contra a imagem interna e externa de nosso país, proporcionada por brasileiros inconformados, com apoio de companheiros e camaradas de aquém e de além-mar.

A grande mídia militante jamais dirá que o Brasil submeteu suas decisões de compras de vacinas aos cuidadosos protocolos da Anvisa.  E jamais relacionará a isso os percalços que os produtos de alguns laboratórios estão enfrentando em diversos países em virtude das urgências comerciais e políticas. Há 15 países onde a mortalidade por milhão é maior do que no Brasil, mas só aqui é o governo e não a doença que mata. Só não falta vacina nos países fabricantes, mas, dizem, o Brasil só não tem mais vacinas disponíveis por culpa do governo. E a crise política se instala não porque exista, mas porque é preciso que ela se instale.