• Percival Puggina
  • 17/06/2021
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QUEM VAI PAGAR A CONTA EM 2040?

 

Percival Puggina

 

Procurando no Google, encontrei esta matéria de O Globo de 31 de janeiro do ano passado (2020). A matéria é de Bruno Alfano.

Inep divulga nesta sexta-feira os dados do Censo Escolar de 2019. País tem 47,8 milhões de alunos da educação infantil até o ensino médio..

O número de alunos no Brasil, da educação infantil ao ensino médio, voltou a cair pelo terceiro ano consecutivo. São quase um milhão de estudantes a menos na comparação de 2016 com 2019 — uma queda de 2%.

Os dados são do Censo Escolar 2019, produzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), divulgados nesta sexta-feira. O órgão é o mesmo que organiza o Enem.

De acordo com o levantamento oficial, o país está com 47,8 milhões de estudantes, sendo 38,7 milhões na rede pública e 9,1 na privada.

A queda de alunos está nas etapas de ensino fundamental e médio. A primeira perdeu 767 mil alunos em quatro anos e passou de 27,6 milhões, em 2016, para 29,9 milhões em 2019. A segunda, 667 mil nesse mesmo período — de 8,1 milhões para 7,4 milhões.

— Essa é uma questão demográfica. O Inep nos apresentou um gráfico em que há três milhões de brasileiros com 18 anos e dois milhões e recém-nascidos. Isso mostra que há cada vez menos alunos no país — conta Eduardo Deschamps, membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) que já presidiu o órgão.

Comento

Faz muito sentido a pergunta que dá título a este artigo. Dados divulgados pelo Estadão em 21 de janeiro deste ano informam que a população de desocupados no Brasil corresponde a 14 milhões de pessoas. A estes somam-se 99 milhões fora da força de trabalho (que inclui aposentados, os que não querem ou não podem mais trabalhar e os que desistiram de procurar emprego).

No outro lado da balança existem 30 milhões de trabalhadores formais e 24 milhões de trabalhadores por conta própria. A esta força ativa e produtiva (54 milhões de pessoas) cabe gerar os bens de consumo necessários aos 210 milhões de brasileiros, custear a descomunal máquina pública e resgatar as dívidas interna e externa do país.

Nos mercados de trabalho de 76 países do ranking global Total Workforce Index do ManpowerGroup, o Brasil ficou no 61º lugar (!), perto do fim da lista. Obviamente, os países ricos são os do topo. O índice avalia disponibilidade de mão de obra, regulação, eficiência de custos e produtividade.

Agora me digam: em que sentido Paulo Freire e o cortejo de seus seguidores ajudam o desenvolvimento social humano e social em nome do qual fazem o que fazem em sala de aula e na burocracia encalhada no MEC?