• 25/07/2014
  • Compartilhe:

POLÍTICA EXTERNA ESTILO GRÊMIO ESTUDANTIL

 

 O governo israelense irritou-se com as manifestações oficiais do Brasil a respeito da atual crise entre Israel e o grupo terrorista islâmico Hamas. E contra-atacou através de seu porta-voz Yigal Palmor, sem circunlóquios diplomáticos. Bateu forte e direto. O jornal The Jerusalem Post afirma que Palmor disse ser, essa "uma demonstração lamentável de por que o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a ser um anão diplomático”, acrescentando que “o relativismo moral por trás deste movimento faz do Brasil um parceiro diplomático irrelevante, aquele que cria problemas em vez de contribuir para soluções”.

 São coisas que só acontecem em virtude do problema institucional brasileiro. Ao entregar Estado, governo e administração à mesma pessoa e seu partido, ele permite que nossa política externa fique parecida com os arroubos de um grêmio estudantil nos anos 60. Por quê? Pelo simples fato de que está sendo conduzida por pessoas que ali, nos grêmios estudantis dos anos 60, chegaram ao topo de seu discernimento político e filosófico. Assim, política externa brasileira, nos últimos 12 anos, torna o país aliado automático de quem for anti-americano ou neocomunista. Do jeito que a coisa vai, a cadeira no Conselho de Segurança da ONU, tão sonhada por Lula, será um banquinho no corredor.