• Percival Puggina
  • 22/01/2021
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POIS NÃO, SENHORES ASSALTANTES...

 

Percival Puggina

 

            Precisando trocar de carro, fui a uma concessionária informar-me sobre preços e modelos. Lembrando das muitas vezes em que, para essa periódica tarefa, anunciei o meu para venda particular, perguntei ao vendedor como são feitos atualmente esses negócios.

            Eu já havia percebido que os anúncios classificados sumiram dos jornais. Ele me disse que são usados anúncios em sites próprios para isso, mas era perigoso. Na verdade, uma loteria, pois os ladrões se valem dessa ocasião para simplesmente tomar o carro do proprietário (furto ou roubo) na frente de sua casa ou, menos recomendável ainda, ,a “voltinha para testar”.

            Ladrões e assaltantes acabaram com um tipo de transação que serviu ao mercado durante décadas. A sociedade adaptou-se ao que a bandidagem solta determina para suas relações comerciais e comportamentos. Diante de tamanha roubalheira, paga-se um valor absurdo pelo seguro do veículo.Tudo isso, acrescido da elevada carga tributária, afeta as revendas pela redução do comércio e a indústria é levada a reduzir a produção, ampliando o desemprego.

            Fracasso do Estado! A leniência para com esses crimes que integram o cotidiano da vida nacional causa danos que vão muito além do que se vê.