• 12/08/2014
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LOGO LOGO, NO HORÁRIO ELEITORAL "GRATUITO", SABEREMOS O QUE PENSAM OS ... MARQUETEIROS.

 

Na próxima semana terá início o horário eleitoral gratuito. Ele existe, na teoria, para que os candidatos possam apresentar-se ao público e tornar conhecidos suas ideias e seus programas para os cargos que disputam. Na prática, porém, ele serve para que os marqueteiros transmitam ao eleitores mensagens capazes de angariar simpatia e votos junto às frações do eleitorado onde as pesquisas apontam que, com a mensagem adequada, esses votos podem ser exitosamente ciscados para seus candidatos.

Como afirmei anteriormente, a verdade é a primeira vítima nas campanhas políticas. Morre a pauladas verbais e é velada no necrotério da tevê e do rádio. Um longo velório de 45 dias, ao cabo dos quais os eleitores terão recolhido a enganosa sensação de haverem participado de uma experiência cívica. Se a eleição é para cargo majoritário - presidente, governador e senador, neste pleito - os debates poderiam ser uma alternativa mais adequada para tornar conhecidos os candidatos e seus programas. No entanto, com a multiplicação dos partidos e o consequente grande número de candidatos nanicos, também os debates ficam prejudicados pela presença de postulantes que nada têm a fazer na eleição a não ser usarem do momento eleitoral para exibições do tipo - "Olha aqui, mamãe, estou na tevê!"

Nada substitui o olho no olho entre o candidato e o eleitor. E isso, numa sociedade de massa, só pode acontecer com a redução do porte da circunscrição eleitoral, acabando com a eleição majoritária e instituindo o parlamentarismo combinado com alguma modalidade de voto distrital.