Em agosto, a Segunda Turma do STF havia mandado retirar o depoimento de Palocci do processo em que Lula é acusado de receber da Odebrecht imóvel de R$ 12 milhões para sediar o Instituto Lula. A Procuradoria Geral da República recorreu da decisão, tomada por 2 votos a 1. Agora, no dia 11 de dezembro, esse recurso foi julgado, com plenário completo. Por 3 votos a 1, faltando ainda o voto da ministra Cármen Lúcia; os votos de Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes reafirmam a decisão anterior e a eles se juntou formando maioria de 3, o novato Kassio Nunes Marques. Cármen Lúcia ainda não votou, mas deve reiterar o voto de agosto.
Com isso, é retirado do processo um elemento importante, ou seja, o depoimento de seu braço direito nessas operações financeiras. Desde que substituiu Celso Daniel em 2002 no comando do programa de governo de Lula, ele subiu meteoricamente na confiança e na hierarquia petista. Um ano mais tarde, tornou-se ministro da Fazenda.
O teor do votos de Lewandowski, na condição de relator, do qual encontrei trechos aqui, mostra que o intuito da parcela do STF fechada contra a Lava Jato é anular várias condenações impostas por Sérgio Moro. Entre elas está o objetivo maior que é o próprio Lula. Se isso acontecer, evidências serão desprezadas e meras suspeitas sobre intenções alheias transformadas em razões de justiça.