• 05/08/2014
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ENCONTRO MARCADO COM O PASSADO?

 

 Partidos nanicos, gigantescas pretensões. Parece que quanto menor o partido, mais ruidosas são suas tentativas de assumir a representação "dos interesses do povo". Copiam o discurso de seus ancestrais na União Soviética, no Leste Europeu, na China, no Camboja e adjacências (todos com partidos únicos e gigantescos) e dizem conhecer perfeitamente o que o povo quer.

 Agora, alguns desses partidos encontram-se em campanha eleitoral. Querem a presidência da República. Dizem que vão governar para a maioria, embora estejam muito aquém de uma posição que se possa designar como minoritária. Em palavras mais cruas, não têm voto. Aprenderam a lição segundo a qual quem não vai vencer o pleito pode prometer qualquer coisa sem receio de ser cobrado mais tarde. Assim, em tudo e por tudo fazem lembrar o PT do século passado.

 Qual o problema, então? O problema está nas prerrogativas que nosso modelo institucional concede a essas correntes políticas ao favorecer sobremaneira a demagogia. O PT cresceu assim. Ao chegar no poder, abriu-se uma fresta à sua esquerda e é nessa fresta que vêm operando esses partidos nanicos que pretendem crescer usando as mesmas artes e manhas. Isso nos faz pensar nos próximos vinte anos. Teremos realizado a proeza? A roda da história terá andado para trás? Teremos um encontro marcado com o passado?