• Oxford Group, editorial semana 49
  • 11/12/2022
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Dívida da China é quatro vezes maior do que a do Brasil

 

Oxford Group

            Apesar de sua enorme reserva cambial, a China está enfrentando numa dificuldade econômica atípica, em considerando sua história nas últimas décadas.

A política de tolerância zero para com a COVID, tem desestruturado sua capacidade produtiva, corroendo a confiança de seus compradores tradicionais, e minado sua estabilidade política.

Sua dívida interna, atingiu 295% de seu PIB, que é quase o dobro, nesta forma de mensurar, do que a americana e 4 vezes a do Brasil. São U$52 trilhões de dólares, só do setor não financeiro.

Mesmo com uma vacinação em massa, que atingiu cerca de 90% da população, com uma pequena liberação da população o vírus tem se espalhado de forma rápida, chamando a atenção por colocar em dúvida a eficiência das suas vacinas. Já se prediz a infeliz morte de 2 milhões de pessoas com esta liberação.

Os investidores estrangeiros estão buscando alternativas para mudar seus projetos industriais. Com

a pressão dos EUA e da EU, para contingenciar as compras da China, assim como sustar a venda de produtos e conhecimento de itens importantes da tecnologia de ponta, a China tem encontrado dificuldades para manter seu fantástico e necessário nível de desenvolvimento.

Hoje, já se espera um crescimento pífio de 3% a 4% para este ano em seu PIB.

Ela enfrenta um problema grave com relação à liquidez dos seus créditos externos, principalmente em função da crise econômica dos devedores, que receberam fartos recursos dentro do projeto de logística mundial que a China tratou de implementar na expectativa de dominar o comércio internacional.

O setor imobiliário entrou em colapso e a falta de disponibilidade no seu caixa tem feito o governo emitir bônus para financiar as obras de infraestrutura para reaquecer a economia e gerar empregos.

A população vem decrescendo e deverá haver uma diminuição de quase 100 milhões até 2047. Esta, que seria uma boa notícia há alguns anos atrás, causa preocupação no momento pois a idade média da população aumentou de 38.5 anos para uma expectativa de mais de 50 até 1947.

E, o que isto tem que ver com o Brasil?

Tudo.

Como nosso principal importador de commodities, agrícolas e minerais, uma queda nesta demanda pode afetar os preços mundiais e as nossas exportações.

Por outro lado, a China precisará aumentar suas exportações e buscará países que sejam “simpáticos” em favorecer as importações do país asiático, mesmo que em prejuízo de sua indústria local e de sua balança comercial.

Como nossa imprensa está bastante "simpática" com a China, ela terá apoio na mídia para favorecer seus interesses.

Vale um alerta para nossa indústria e os produtores de commodities