• Percival Puggina
  • 20/09/2022
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A arbitrária suspensão de contas nas redes sociais

 

Percival Puggina

         O empresário Luciano Hang é uma importante liderança nacional. Num país carente de líderes autênticos, o dono da Havan revela qualidades para ser isso. Não tem medo de assombração (pior defeito de falsos líderes), encara uma agressiva CPI com altivez, difunde o empreendedorismo, investe e cria postos de trabalho, apóia quem merece apoio, não ostenta sua riqueza. Em vista disso, uma rápida pesquisa me mostrou que ele tem 5,2 milhões de seguidores no Instagram, 835 mil no Twitter, 500 mil no Facebook, 351 mil no YouTube e 215 mil no TikToc.

Luciano, a quem nunca vi e com quem nunca falei, é também comunicador inato e líder político. Influencia pessoas. Aqueles a quem ele influencia se tornam influentes em relação a outras e isso, lá na ponta do dia 2 de outubro, se reflete em votos. Portanto, em dias de eleição, fechar todas suas contas nas redes sociais por razões de uma conversa fútil e inútil buscada no WhatsApp é afronta à fluidez natural do debate político e à propagação das idéias. Estou falando de algo que não é fútil nem inútil, mas inerente e sagrado em qualquer democracia cujos princípios sejam respeitados.

Quem tomou a decisão de restringir seus direitos (aliás, o direito de tantos) afrontou a democracia que diz defender e, de algum modo e em alguma proporção, o resultado da eleição.

Nem os ministros da eleição (TSE), nem os da defesa da “democracia e do Estado de Direito” (STF) fazem algo a respeito? E querem que a nação os aplauda nas ruas?