QUANDO MORRE UM ESCRITOR
Percival Puggina


 Quando morre um escritor, palavras, frases, crônicas, livros inteiros deixam de vir à luz, de chegar a nossas mãos e aos nossos olhos. Querem chamar isso de perda? Sim, isso é uma perda. Uma grande perda que se prolonga através dos anos. E para muitos.

 

A súbita morte do amigo e jornalista Celito de Grandi fez mais do que isso. Levou-me um amigo, um desses irmãos no coração, sempre poucos e bons, que a gente forma nos caminhos da existência. Seus muitos leitores, perderam as obras que ele tinha em mente (sobre algumas já havíamos conversado). Eu perdi, também, o convívio fraterno com o Celito.

 

Nunca me passou pela cabeça, como mencionei durante seu velório, que um dia teria que falar ao lado de seu caixão. Ali estava um amante da vida e das coisas boas. Um amante da cultura, do jazz, do tango, da Marquês de Sapucaí, do champagne, de suas férias em Lisboa. Jornalista e escritor de mão cheia e dedos ágeis. Há trinta anos, ao lado dele, na mesma sala de trabalho, escrevi minhas primeiras crônicas, sob sua vigilância. Privilégio meu.

 

Cavalheiro, sempre elegante, portava com discrição virtudes que saltavam aos olhos de quem com ele conviveu. Por isso, foi um coletor de gente boa. Os amigos de Celito, aqueles que dele se acercavam, eram dessas pessoas que gostam de conviver entre os melhores de sua geração.

 

Perdeu-se muito, então. No entanto, a fé me torna as coisas mais fáceis e menos depressivas neste momento. Dela me vem a certeza de que o Celito, que por aqui andou com tanta alegria e gosto, há de estar melhor ainda na vida nova, para a qual o Senhor o convocou.
 

  • 24 Novembro 2014

DILMA NOMEIA, NUMA SENTADA, 36 NOVOS MEMBROS DE TRIBUNAIS


Percival Puggina


 A falta de rotatividade no poder, condição tida como essencial ao modelo republicano e às boas democracias, curiosamente saiu de moda entre os países agregados ao Foro de São Paulo. A maior parte deles, aliás, sob intensa infiltração cubana e venezuelana e com importante presença da Smartmatic nos seus sistemas de contagem de votos. É como digo: a Smartmatic é "smart" mas os eleitores latino-americanos são tão tolinhos!...

 

 Um dos efeitos mais nocivos dessas longas permanências de um determinado partido político no poder é o aparelhamento dos tribunais. No modelo brasileiro, as nomeações, ou as indicações para posterior aprovação pelo Congresso, saem da caneta presidencial. E aí dá no que se está vendo. Na última quinta-feira, a presidente Dilma nomeou, de uma vez só, 36 ocupantes de tribunais. Duvido que os processos de nomeação sobre a mesa da presidente não estivessem recheados de recomendações oriundas da elite petista. Nessa batida do martelo vamos acabar com tribunais como os de Cuba e da Venezuela, submissos à voz do trono.

 

Duvida? Vê se ela nomeia o Juiz Sérgio Moro para alguma coisa.
 

  • 23 Novembro 2014

Procuradora quer saber por que Exército mantém honraria a mensaleiros
(www.diariodopoder.com.br/noticias)

COMANDANTE DO EXÉRCITO INTIMADO A EXPLICAR POR QUE MANTÉM MEDALHAS DE MENSALEIROS

 

O comandante do Exército, general Enzo Peri, enfrenta uma tremenda saia justa, em razão de sua relutância, que seus críticos preferem chamar de covardia, de cumprir o decreto que o obriga a cassar a Medalha do Pacificador, uma das principais honrarias militares, de agraciados condenados por corrupção no processo do mensalão. É que a procuradoria da República no Distrito Federal decidiu notificar o general a explicar sua atitude e informar providências no prazo máximo de quinze dias.

 

Fontes militares garantiram ao Diário do Poder que o comandante do Exército não cumpre o decreto 4.207, de 2003, cassando a Medalha do Pacificador ou a Ordem do Mérito Militar (decreto 3.522, do ano 2000) porque “morre de medo” de irritar a presidente Dilma Rousseff e o PT. O ofício 8122/2014/PRDF, datado de 30 de outubro, assinado pela procuradora da República Eliana Pires Rocha, foi primeiro encaminhado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que este, como manda o protocolo, o encaminhe ao destinatário final – o general Enzo Peri.

 

A procuradora informa ter chegado ao órgão duas representações contra o comandante do Exército. As representações dizem respeito apenas à Medalha do Pacificador conferida ao ex-deputado mensaleiro José Genoino (PT-SP), corrupto transitado em julgado. Mas a procuradora encontrou outros casos. Eliana Pires Rocha lembra em sua comunicação que a Medalha do Pacificador – considerada uma das principais honrarias do Exército Brasileiro – foi concedida a outros condenados por corrupção no processo do mensalão, sem que tenham sido cassadas até este momento, como os ex-deputados João Paulo Cunha (PT-SP) e Valdemar Costa Neto (PR-SP). Ela também menciona o fato de o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, considerado o chefe da quadrilha do mensalão e condenado no Supremo Tribunal Federal, ter sido agraciado com a Ordem do Mérito Militar, no Grau de Grande Oficial. O ex-deputado Roberto Jefferson, outro condenado no mensalão em sentença transitada em julgado, é “comendador” da Ordem do Mérito Militar.

 

O decreto 4.207/2003 determina a exclusão imediata de agraciados com a Medalha do Pacificador de condenados pela Justiça do Brasil, em qualquer foro, em sentença transitada em julgado, “por crimes contra a integridade e a soberania nacionais ou atentado contra o erário, as instituições e a sociedade brasileira”. Pelo decreto, “a cassação será feita ‘ex officio’ em ato do comandante do Exército em exercício. Já o decreto 3.522/2000, salienta a procuradora Eliana Pires Rocha em seu ofício, determina a exclusão da Ordem do Mérito Militar de agraciados que tenham cometidos os crimes já mencionados.

 

O assunto foi noticiado há um ano (23 de novembro de 2013), em primeira mão, pela coluna Claudio Humberto, do Diário do Poder, que voltou ao assunto por diversas vezes, sem que o comandante do Exército tenha se dignado a explicar sua atitude, tampouco informar se e quando cumpriria o determinam ambos os decretos. O general pode se esconder de jornalistas, mas não da Procuradoria da República, sob pena de responder na Justiça.
 

  • 20 Novembro 2014

A que ponto chegamos!

ADVOGADO DIZ QUE PAÍS PARA SE EMPREITEIRAS NÃO PUDEREM CONTRATAR COM O GOVERNO
Mário Sérgio Carvalho, São Paulo
16/11/2014 17h18

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse neste domingo (16) que se a Operação Lava Jato conseguir que as empreiteiras sejam declaradas inidôneas e proibidas de participar de obras públicas, haverá um grande prejuízo para a infraestrutura.

"Dentro da normalidade, você teria de declarar essas empresas inidôneas. Se elas forem declaradas inidôneas, você para o país".

Ele elogiou a atitude do juiz federal Sergio Moro de decretar a indisponibilidade de R$ 720 milhões de executivos na última sexta-feira (14), mas ter se negado a tomar a mesma medida com os recursos das empresas.

Kakay é conhecido por defender políticos como o senador José Sarney (PMDB-PA), o senador Zezé Perrela (PDT-MG), uns "40 governadores e ex-governadores", como costuma citar, e celebridades do porte do Roberto Carlos e da atriz Carolina Dieckmann.

O criminalista contou que foi ele quem recomendou a Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente e herdeiro da Mendes Junior, a se entregar neste sábado (15) em seu próprio jatinho em Curitiba (PR), após ter sua prisão decretada por suspeita de pagar propina para obter contratos na Petrobras. A frase que Kakay diz ter dito ao empreiteiro foi: "Você vai ser criticado por dois dias, mas não vai ser algemado".

O advogado brincou que preferia ficar em silêncio quando foi questionado como o PT poderia se livrar do escândalo da Petrobras. Mas afirmou acreditar que as investigações não atinjam a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. "Impeachment é história de perdedor. Dilma não está envolvida nisso."

Kakay foi entrevistado no Festival Literário da Piauí, em São Paulo, pela repórter Daniela Pinheiro.
 

  • 17 Novembro 2014

E o Brasil está pagando esses oficiais cubanos como se médicos fossem!?

CUBA INFILTROU MILITARES NO PROGRAMA MAIS MÉDICOS

Informe reservado “Mensagem Direta de Inteligência” (MDI) ao ministro Celso Amorim (Defesa) atestou que a ditadura cubana infiltrou militares no programa Mais Médicos. A descoberta foi da Base de Administração e Apoio do Ibirapuera, do Comando Militar do Sudeste, em São Paulo, que recebe gente do Mais Médicos. Ouvido, um suspeito confessou ser capitão do Exército cubano, e que não está sozinho. Amorim nada fez.
PINTA DE MILICO
Militares brasileiros desconfiaram do “médico” por seus hábitos de caserna (cama sempre arrumada, por exemplo). Era o capitão cubano.
CONVOCAÇÃO
A infiltração de militares no Mais Médicos repercutiu na Câmara. O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) quer convocar Amorim a se explicar.
CÓPIA AUTÊNTICA
Bolsonaro avisa que não adianta Celso Amorim negar a existência do informe reservado que lhe foi enviado: ele obteve cópia do documento. (Trechos de Cláudio Humberto, Diário do Poder)
http://youtu.be/13dFHi9Unkk
http://www.folhapolitica.org/2014/10/bolsonaro-diz-que-ha-exercito-de.html
 

  • 12 Novembro 2014

O ENEM A SERVIÇO DO MEC COMUNISTA
Rubens Enderle


Esta questão do ENEM (Exame Nacional de Ensino Marxista) é uma aplicação direta da tese de Lukács em "História e Consciência de Classe". Marcos Nobre, o autor do trecho, é um marxista lukacsiano da Unicamp. A ideia de Lukács é a de que o proletariado é essencialmente revolucionário, mas ainda não sabe disso (ou recusa-se a aceitar o fato). Então cabe aos revolucionários convencer os proletários (aqui, a sociedade) daquilo que eles realmente são e desejam, incutindo nos pobres coitados a tal "consciência de classe". É o que Marcos Nobre quer dizer quando escreve que a sociedade "é muito mais avançada do que o sistema político", embora se diga conservadora. Entenderam?


Na verdade, a função do partido não é representar a vontade das massas, mas moldar essa vontade de acordo com a vontade da classe dirigente. Em linguagem hegeliana, é preciso fazer com que a sociedade seja "para si" aquilo que ela ainda é somente "em si". Trata-se, em suma, da tutela da sociedade, tratada como uma massa a ser moldada ao bel-prazer do engenheiro social marxista.


E o mais interessante é que o próprio ENEM é um exemplo da aplicação disso na prática. O exame é talvez o mais importante instrumento de dominação hegemônica gramsciana, a chave de abóbada que arremata todo o sistema de doutrinação comunista nas escolas. Ao centralizar o exame e transformá-lo numa prova de alinhamento ideológico com todas as posições da esquerda, os comunistas do MEC obrigam todos os currículos escolares do país, sejam públicos ou privados, a professarem a mesma ideologia chulé. A partir daí, não importa mais se o professor comunga ou não dos ideais de esquerda (e uns 80% deles são certamente esquerdistas, pois foram doutrinados nas universidades), ele precisa ensinar aquilo "que vai cair na prova". Quando os vestibulares eram descentralizados isso não ocorria de modo tão descarado, ainda havia algum espaço para divergências ideológicas e alguma esperança de salvação intelectual e moral dos pobres alunos.

www.radiovox.org
 

  • 09 Novembro 2014