LULA E STF, CORPO 48 EM SAIA 36
Percival Puggina

  O Antagonista (oantagonista.com) cita a coluna de Monica Bergamo na Folha de São Paulo: “Representantes de Lula se reuniram recentemente com diretores da área jurídica da Odebrecht. Queriam saber as explicações que a empreiteira daria na Justiça sobre a reforma no sítio frequentado pelo ex-presidente”.

 Pois é. Lula, falando por si, diz-se alma sem jaça. Na pior das hipóteses, empata com os mais virtuosos entre os virtuosos. Por que, então, "representantes de Lula" (assim mesmo, no plural) quereriam antecipadamente conhecer essas informações? Por quais também estranhas razões estarão seus advogados (assim mesmo, no plural) tentando impedir que prossigam as investigações sobre o sítio e o apartamento, nos juízos de Curitiba e São Paulo? Por que diabos o presidente garganteia, em vez de dar explicações, quando seria tão fácil, com um abano de suas asas angelicais, remover a poeira da suspeita que encobre suas imaculadas transações? Por que o engenheiro Frederico Barbosa, que cuidou da obra do sítio, afirmou haver trabalhado de graça, durante as férias (e, depois precisou desmentir-se)? Desculpem, mas é demais até para minha ingenuidade. Lula tenta enfiar um corpo 48 numa saia 36.

***

O ministro Barroso, por seu lado (que aliás é o mesmo lado), está aborrecido. Sente-se hostilizado. Não é de dar dó? Imaginem o aperto! O próprio colega Lewandowski já antecipa a possibilidade de haver revisões daquela decisão do dia 17 de dezembro, pilotada por Barroso, que acabou com o papel da Câmara dos Deputados no processo de impeachment. Flagrado fazendo o que fez, iludindo os colegas com leitura seletiva do regimento interno da Casa, Barroso colocou aquele corpo tamanho 48 do STF numa saia 36. E o que faz Sua Excelência? Aborrece-se.
 

  • 27 Favereiro 2016

Até que não reste pedra sobre pedra?
NÚMERO DE DESEMPREGADOS SOBE 41,5% EM UM ANO E CHEGA A 9,1 MI, DIZ IBGE

Do UOL, em São Paulo

O número de desempregados no Brasil chegou a 9,1 milhões no trimestre de setembro a novembro do ano passado. Na comparação com o mesmo período de 2014, o aumento foi de 41,5%, com 2,7 milhões de desempregados a mais, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em relação ao trimestre anterior, de junho a agosto de 2015, a alta foi de 3,7%, ou 323 mil pessoas a mais. O total de pessoas sem emprego é o maior já registrado pelo IBGE desde o início da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mensal, em 2012.

O número de pessoas com emprego era de 92,2 milhões entre setembro de novembro do ano passado. Ele ficou estável em relação ao trimestre anterior, mas caiu 0,6% na comparação com o mesmo período de 2014. Isso significa que, em um ano, são 533 mil empregos a menos.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (19). A Pnad Contínua mensal usa dados de trimestres móveis, ou seja, de três meses até a pesquisa. As informações são coletadas em 211.344 domicílios, em cerca de 3.500 cidades.

Desemprego vai a 9%
A taxa de desemprego no trimestre de setembro a novembro do ano passado foi de 9%, a maior para o período desde 2012, quando o IBGE começou a fazer a pesquisa.

Ela é 0,3 ponto percentual maior do que o do trimestre anterior, entre junho e agosto. Na comparação com o período de setembro a novembro de 2014 (6,5%), o aumento foi de 2,5 pontos percentuais.
O IBGE tem outra pesquisa de desemprego, a PME (Pesquisa Mensal de Emprego), que mede a taxa mês a mês, com base em seis regiões metropolitanas. Divulgada no mês passado, ela indicou que o desemprego em 2015 teve média de 6,8%.

O instituto considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.

1,1 mi de carteiras a menos
Entre setembro e novembro de 2014 e o mesmo período de 2015, o setor privado perdeu 1,1 milhão de trabalhadores com carteira assinada, uma queda de 3,1%. Em relação ao trimestre de junho a agosto, o número ficou estável, segundo o IBGE.

Além do IBGE, o Ministério do Trabalho também apresenta dados sobre emprego, levando em conta o número de contratações e demissões de pessoas com carteira assinada, baseados no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

No mês passado, o Ministério divulgou que o Brasil perdeu 1,54 milhão de vagas de trabalho com carteira em 2015, pior resultado para um ano desde o início da pesquisa, em 1992.


 

  • 21 Favereiro 2016

VERGONHA E CONSTRANGIMENTO

Não sei em qual cidade da Alemanha esse carro alegórico desfilou durante o carnaval. Até prefiro não saber. Como brasileiro, o simples fato de que numa comunidade europeia alguém se deu ao trabalho de montar essa alegoria a nosso respeito me constrange e envergonha.

Ao mesmo tempo em que esse carro desfilava, aqui no Brasil, milhões enchiam as ruas pulando atrás dos trios elétricos, desatentos ao fato somos motivos de escândalo e escárnio mundo afora. Povos civilizados não entendem como um país falido, sitiado pela miséria, pode se deixar roubar nas proporções em que nosso país é e ainda se permite jogar fora dezenas de bilhões de reais para apresentar um show futebolístico ao mundo, em parceria com outra organização criminosa instalada na FIFA.
 

  • 17 Favereiro 2016

UMA ANTENA "DE PRESENTE" PARA LULA

O ex-sindicalista José Zunga Alves de Lima, amigo do ex-presidente Lula, foi o responsável por conseguir a instalação de uma antena da Oi perto do sítio em Atibaia (SP) frequentado pelo petista e a família.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Zunga, funcionário da Oi, articulou para que a antena fosse colocada como um 'presente' para Lula. O pedido teve aval de Otávio Marques de Azevedo, presidente da AG Telecom, uma das controladoras da Oi e parte do grupo Andrade Gutierrez. Otávio e a construtora são investigados na operação Lava Jato.

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  • 17 Favereiro 2016

 

Vídeo pela Internet (muito mais barato) começa a afetar TV por assinatura
A SOBERANIA DO LIVRE MERCADO (MELHOR RECEITA PARA ACABAR COM PRÁTICAS ABUSIVAS)

Percival Puggina

 Há bom tempo, a TV por assinatura faz o que quer no mercado, estribada numa regra impositiva: "Você tem que pagar por 250 canais se quiser assistir 10% deles". E mais: "Se deseja dispor desses canais em outros lugares da própria habitação tem pagar por ponto extra". E vai pagar caro.

 Trata-se uma prática muito parecida com a "venda casada". Quer uma geladeira? Então tem que comprar um freezer, um frigobar, um cooler e um balde gelo.

 Pois eis que a Folha do dia 13 traz a boa notícia: o vídeo pela Internet começa a afetar a televisão no mundo todo. Trata-se de um relatório do Instituto Reuters, da Universidade de Oxford, com dados referentes ao período entre 2011 e 2015 nos EUA. Transcrevo, abaixo o conteúdo principal da matéria da Folha:

"A TV paga caiu de 100,9 milhões de domicílios para 97,1 milhões, enquanto o vídeo OTT cresceu de 28 milhões para 50,3 milhões. O Brasil não é destacado no estudo, mas as assinaturas de TV paga recuaram no ano passado após uma década de crescimento, segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações): A queda foi de 3%, passando de 19,6 milhões em dezembro de 2014 para 19 milhões em dezembro de 2015. Não há dados abertos sobre assinaturas OTT no país, mas a Anatel registrou que as assinaturas de banda larga fixa cresceram de 24 milhões para 25,6 milhões no mesmo período, apesar da crise."

"Além de um "grande ano para o Netflix", o Reuters Institute prevê a estreia do "streaming" da Apple, "finalmente", e o aumento nos serviços via internet das operadoras, como Verizon."

MINHA PREVISÃO

É evidente que os perdedores no mercado vão buscar socorro no ....??? Acertou: no governo.

NOTA

OTT é a sigla para "over-the-top", o tipo de serviço prestado pela NETFLIX e pelo iTunnes

 

  • 15 Favereiro 2016

GOVERNO PROTELA MEDIDAS DE RESPONSABILIDADE FISCAL
 Paulo Rabello de Castro - Movimento Brasil Eficiente

Findo o Carnaval, quando o mercado ainda imaginava ouvir de Brasília alguma medida de contenção da despesa pública, eis que a presidente surpreendeu os mais crentes ao anunciar novo adiamento de qualquer ação concreta na seara dos gastos. Medidas teriam ficado “para março”. O governo afirma querer estudar melhor um “regime de bandas” para o chamado superávit primário, que consistiria em pedir ao Congresso aprovação antecipada para fazer menos economia fiscal (ou até incorrer em algum déficit primário, ou seja, nenhuma economia para pagar juros) caso a arrecadação não se comporte conforme uma expectativa preestabelecida. O ministro anterior, Joaquim Levy, se insurgia contra esta proposta, então vinda da área do “planejamento” no ano passado, por considerar um mau recado ao mercado a tal banda flexível para uma meta fiscal tão relevante. No momento, a meta do superávit está fixada na LDO de 2016 em apenas 0,5% do PIB (R$30 bilhões), para fazer frente a um gasto estimado com juros em torno de R$530 bilhões. A diferença entre a economia prevista e a necessidade de recursos para cobrir os juros de 2016 é um oceano.. Dai as previsões do mercado de que a dívida bruta seguirá crescendo explosivamente na direção de 80% do PIB. Juros não pagos com economia viram mais dívida.

O regime de bandas não faz sentido quando o déficit nominal é brutal (cerca de 10% do PIB) com juros cavalares a serem pagos. Nessa situação extrema, o remédio é uma contenção linear de todas as rubricas de despesas, exigindo-se o fim do conceito de reajuste obrigatório de gastos e, menos ainda, de atrelamento à inflação passada. O governo, pelo contrário, enviou ao Congresso e este se curvou , aprovando, um orçamento, para este ano, de cerca de 11% acima do valor executado em 2015. Portanto, não há sequer um centavo de corte e, sim, avanço generalizado de despesas, especialmente as rotineiras, que compõem os 60 milhões de cheques mensais de proventos e benefícios emitidos por Brasília. Embora o governo ainda fale de um contingenciamento mínimo, de R$18 bilhões, este valor nem arranha a necessidade de reestruturação da despesa pública no País. A disciplina fiscal federal virou uma miragem. Vige a irresponsabilidade total.

Equipe do Movimento Brasil Eficiente
 

  • 12 Favereiro 2016