CARAVANA DE BOLIVIANOS TENTA CHEGAR EM BRASÍLIA DE ÔNIBUS
Correio Braziliense - Bernardo Bittar


Três ônibus lotados de bolivianos chamaram a atenção nas ruas de Goiânia após pararem para pedir informações à Polícia Militar sobre como chegar a Brasília. Eles seriam integrantes de movimentos políticos e estariam a caminho das manifestações contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff na Esplanada dos Ministérios, informou a PM de Goiás.

Nesta quinta-feira (14/4) o grupo passa a noite no Setor Oeste, bairro nobre da capital goiana. O Correio entrou em contato com os quatro maiores hotéis da cidade, todos localizados naquele bairro, mas, segundo os gerentes, nenhum grupo estrangeiro estava hospedado nos estabelecimentos. A Polícia Rodoviária Federal de Goiás acompanha o movimento da caravana.

COMENTO:
O site O Antagonista divulgou um áudio em que um cidadão de Goiânia relata a conversa que teve com o motorista de um desses coletivos que o informou sobre a vinda de outras "comitivas" da Venezuela e adjacências.
 

  • 15 Abril 2016

CARGOS COM VERBAS DE R$ 38 BILHÕES, NO BALCÃO DO IMPEACHMENT
Percival Puggina

Matéria do Estadão (10/04) abriu os números ao conhecimento público: na tentativa de angariar votos para compor o apoio mínimo necessário para travar o processo de impeachment, o governo negocia cargos que podem movimentar recursos de R$ 38 bilhões.

Não se trata aqui de saber como esses recursos serão aproveitados no interesse público. Trata-se, isto sim, de negociar de modo firme, o retorno em votos que pode advir da destinação dos cargos. Não é a habilitação e a competência de quem vai assumir relevante função pública o que está em cogitação, mas o número de votos parlamentares fidelizados no negócio.

Em outras palavras, trata-se de um mensalão sofisticado, mercadejado às claras. A Procuradoria Geral da República, ao que se percebe, ainda não leu os jornais, não assistiu os noticiários, não ouviu os relatos sobre essa prática não republicana, imoral e que desdenha o interesse público.

 

  • 11 Abril 2016

GOVERNO ESTÁ COMPRANDO VOTO COMO GADO EM LEILÃO

Folha ouve deputado que relata o que todo mundo sabe: o governo está comprando votos com cargos, promessas e emendas. Compra por cabeça e por lote. Isso é anunciado nos jornais, comentado na TV e até uma tabela de preços circula nas redes sociais. Quantos indecisos estão apenas valorizando, precificando, seu apoio ao governo?

(A entrevista abaixo foi publicada na Folha d 08/04)

Folha - Como representantes do governo entraram em contato com o sr. e fizeram ofertas?

Evair de Melo - Desde a semana passada, quando eu estava ainda na liderança do partido e fui confirmado como titular da comissão do impeachment, eu fui procurado por parlamentares e pessoas ligadas ao governo para que realmente pudesse analisar, após a saída do PMDB, a ida do PV para a base do governo.

Foram oferecidos cargos, ministérios e outras facilidades. Isso foi oferecido na condição de líder e como membro da comissão. Isso foi mais agressivo na semana passada, e nesta semana eu também confirmo que fui procurado por diversos interlocutores, volto a dizer, por parlamentares e ocupantes no Executivo, o tempo todo insinuando essa hipótese de termos facilidades no governo, rediscutir cargos, rediscutir a ocupação de posição.

Nesta semana não foi mais do ponto de vista partidário, foi do ponto de vista individual. Mas continuou esse assédio em cima de nós, para que pudéssemos avaliar, com carinho, até na última hora. A agenda ainda continua em aberto. [O governo] Quer nos oferecer vantagens para que possamos mudar de voto e votar contra o processo.

Folha -Quem entrou em contato com o sr.?

Prefiro não envolver terceiros.

Folha -Quando o sr. fala em vantagens, recebeu também a oferta de dinheiro para uso pessoal?

Não, me ofereceram cargos e a liberação de emendas. Não é dinheiro extra. A mim, no caso, é [a promessa] de honrar os compromissos de emendas.

Há muita especulação de que há deputados empenhando emendas em valores muito superiores ao normal. Não é um pouco mais, é muito mais. Então, especula-se entre os deputados que os que ora estão se manifestando contra o processo de impeachment vão ser atendidos no mesmo nível.

Entende-se que os deputados que tiverem manifestado como base do governo terão esse mesmo atendimento, além da oferta de cargos e outras vantagens no governo.

Folha -Em algum momento o sr. sentiu que essas pessoas estariam também oferecendo dinheiro extra, de uma forma mais direta?

A mim não aconteceu isso. Mas ouvi de outros parlamentares que realmente, em algum momento, algum deputado foi assediado com recurso financeiro.

 

  • 09 Abril 2016

IMPEACHMENT DE TEMER É TIRO NO PÉ DO PT

(Publicado originalmente em implicante.org)

E eles comemoraram! 

A militância – que, se pensasse de verdade, não seria militante – chegou mesmo a comemorar a decisão de Marco Aurelio de Mello, do STF, de determinar abertura do procedimento de impeachment contra Michel Temer.
O primeiro a aventar isso de forma pública, aliás, foi Cid Gomes, ex-ministro e aliado de Dilma.

Agora vem a estratégia da coisa: Cunha já começa a preparar o procedimento sobre Michel Temer. Na melhor das hipóteses (e pior para o governo), ele seguirá todos os ritos, mostrando que é um processo democrático, aberto a defesa, ‘acusação’ etc.

Não passará, claro. O de Dilma passará. E, com isso, os petistas perderão o argumento de que foi golpe.
Afinal, AMBOS, Dilma e Temer, foram submetidos ao mesmo processo com os mesmos critérios e julgados pelos mesmos parlamentares. Democracia, pois.

Tiro de canhão no pé de Dilma e no pé do PT.
 

  • 07 Abril 2016

 

DILMA EM PRIMEIRÍSSIMO LUGAR ENTRE OS MAIS DECEPCIONANTES LÍDERES MUNDIAIS

 

No dia 30 de março, a revista Fortune abriu uma consulta para identificar, na opinião dos visitantes de sua página na internet, qual o líder mais decepcionante do mundo. A lista  para escolha dos votantes inclui 19 políticos e gestores públicos e privados selecionados pela publicação.

Sem causar maiores surpresas, a presidente do Brasil saltou na ponta e tem para mais ninguém. Neste momento em que escrevo (10h15min do dia 4 de abril), Dilma já somou 328 mil votos. Rick Snider, governador do estado de Michigan, tem 16 mil. É o segundo colocado.

Note-se: a revista é norte-americana, seus leitores são principalmente do Hemisfério Norte e é redigida em inglês...
 

  • 04 Abril 2016

A BALA DE PRATA DO TRÍPLEX
IstoÉ

Laudo comprova que a ex-primeira-dama Marisa Letícia assinou acordo de compra da cobertura da família Lula no Guarujá

Por Pedro Marcondes de Moura


Desde que surgiram as suspeitas de ocultação de patrimônio, a família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nega que seja proprietária do tríplex no Guarujá. A cada nova prova, lança uma versão. E foram muitas tentativas para se livrar de investigações e denúncias de crimes, como lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Procuradores federais dizem que, nas próximas semanas, poderão usar o que chamam de “bala de prata do caso tríplex.” Até lá ficará pronta a perícia da proposta de adesão firmada pela ex-primeira-dama Marisa Letícia com a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), em abril de 2005, para aquisição de uma unidade no Condomínio Mar Cantábrico, renomeado Solaris. O documento foi apreendido na 22ª fase da Operação Lava Jato em busca e apreensão na entidade. Chamou a atenção dos investigadores o fato de o acordo de compra do imóvel estar rasurado no campo que indica o número da unidade. Em primeiro plano, lê-se 141 como o apartamento em que a família Lula investiu. Só que é possível ver que a inserção do número ocorreu em cima de outro: o 174. Era esta a identificação da cobertura que a família Lula nega ser dona. O apartamento foi renumerado depois para 164 por mudanças na planta. Há ainda outro rabisco no papel que tenta esconder a palavra tríplex. Os investigadores solicitaram uma perícia para evitar recursos da defesa. Na prática, a manipulação não deixa margens a dúvidas de que a ex-primeira-dama chegou a optar pelo tríplex.


A pedido de ISTOÉ, o perito Ricardo Molina examinou o documento. No laudo, ele atesta que o número 141 foi escrito em cima de outro. “(A análise) não deixa dúvidas de que o número existente antes da rasura era 174”, afirma. Outros riscos no documento complicam a família Lula. “Trata-se de uma cobertura com garranchos não legíveis, ou seja, meros rabiscos cuja aparente intenção seria apenas de cobrir a escrita original. Apesar da intensidade dos rabiscos sobrepostos, fica evidente que a escrita original era a palavra “tríplex”. As letras “t”, “r”, “i” e “x” estão bem definidas. Ora, não existe qualquer outra palavra na língua portuguesa, que não seja “tríplex”, que combine esse conjunto de letra”, atesta. Para Molina, a análise do documento mostra que as alterações foram realizadas para mascarar propositalmente os escritos que se encontravam embaixo.


Para os investigadores, a rasura do termo de adesão comprova delito digno de pena de quatro anos de reclusão a quem tiver realizado e justifica até prisão preventiva. Eles acreditam que integrantes da Bancoop, cooperativa ligada ao PT, tentaram alterar a prova. Desde o começo, o ex-presidente evitou dizer que seu apartamento possuía um número. Afirmava que tinha apenas uma cota do empreendimento. Desmentido por depoimentos e entrevistas de proprietários em reportagem publicada por ISTOÉ em janeiro, o instituto que leva o nome de Lula lançou a nota “Os documentos do Guarujá: desmontando a farsa”, em que declarou que o apartamento escolhido era o 141. Mesmo assim, não mostrou proposta de adesão do imóvel assinado. Mas por que, então, adulterar e não sumir com o documento ou fazer um novo? Se o termo sumisse, as suspeitas se ampliariam, já que a Bancoop mantém a documentação de outros imóveis. Criar outro seria arriscado.“Tratando-se de documento com número de série e já impregnado com visíveis marcas do tempo, uma falsificação recente deixaria marcas muito evidentes”, afirma o perito Molina. Na casa do ex-presidente Lula, a Polícia Federal apreendeu um termo de adesão em branco do tríplex.
(Leia mais em http://www.istoe.com.br/reportagens/450034_A)
 

  • 02 Abril 2016