• Percival Puggina
  • 13/01/2021
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VIVA A ANVISA, VAIAS À CORONAVAC

 

Percival Puggina

 

Leio no Diário do Poder

A estratégia do marqueteiro João Doria não resistiu aos números finais da eficácia da Coronavac, 50,3%, um sopro acima do mínimo exigido e a anos-luz dos 98% alardeados pelo próprio governador de São Paulo em setembro.

O resultado final foi visto como real motivo para os inúmeros adiamentos no anúncio da taxa e para a demora no envio de dados dos estudos clínicos solicitados pela Anvisa para conceder uso emergencial. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Há dias, os 78% já haviam sido considerados um fracasso e Dória sequer deu entrevista, outrora tão frequentes, em seu show do meio-dia.

Ao enfrentar a realidade de apenas 50% de eficácia, restou ao governo de SP a incrível boa vontade dos jornalistas para justificarem o fiasco.

Questionado sobre se manteria a compra de 100 milhões de doses do imunizante, o Ministério da Saúde optou por não responder.

COMENTO

A demora dos chineses e do Butantã em fornecer os dados de eficácia de sua vacina dispara vaias e aplausos.
Vaias à qualidade da vacina e a milimétrica distância que a separa daquela condição de “sem comprovação científica sobre sua utilidade” tão usada em relação a alguns protocolos de tratamento precoce. Aplausos à Anvisa, que conquistou ainda maior credibilidade por  manter seus padrões técnicos longe das cornetas da mídia militante.

Claro que uma vacina com 50% de eficácia é melhor do que o “toma uma aspirina, vai para casa e espera a falta de ar”, mas convenhamos que não vale 1% do marketing investido por João Dória que pensou chegar à presidência tomando injeção.