• Percival Puggina, com textos de ADN America e Cubanet
  • 09/05/2022
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Viralizou a petição: Elon compra Cuba

Percival Puggina, com textos de ADN America e Cubanet

 

Leio em ADN América

Depois que o bilionário Elon Musk comprou o Twitter, uma hashtag se tornou viral esta semana entre os cubanos dentro e fora da ilha. A curiosa petição "Elon compra Cuba" virou tendência nas últimas horas.

Um usuário do Twitter comentou por que a hashtag #ElonBuyCuba se tornou viral. "É claro que Elon não vai comprar Cuba. Trata-se do dono do Twitter descobrir que há uma ditadura em Cuba e se manifestar. O que daria à nossa causa a maior visibilidade já vista", explicou.

Outros usuários brincaram que se Musk "comprar" Cuba, os problemas tecnológicos da ETECSA, o monopólio de telecomunicações do regime comunista do país, também desapareceriam. Os memes se seguiram rapidamente.

"Não peço que na minha cidade todos andem na Tesla, nem que todos os pagamentos no país sejam feitos através do PayPal, mas sei que vai melhorar em tudo", disse outro.

"Precisamos da Tesla. Por último, os carros; primeiro a corrente alternada", foram alguns dos comentários no Twitter.

Defensores do regime de Havana - alguns supostamente da polícia política conhecida nas redes sociais como "ciberclarias" também se juntaram ao debate no Twitter e opinaram. "Agora eles inventam a hashtag #ElonBuyCuba, e supostamente está na moda em Cuba", postaram. Segundo os seguidores dos Castro, este é mais um exemplo de "manipulação" colocada para “desacreditar a revolução”.

Comento

Pois é exatamente isso que os cubanos estão fazendo. Tentando atrair a atenção do mundo para os problemas do país, onde há 63 anos uma revolução faz de conta que age em favor do povo, mas nada mais produz do eternizar-se no poder. A propósito, este trecho do artigo de Ernesto Perez Chang publicado em Cubanet sobre o assunto fala por muitos cubanos:

O que poderia interessar a Elon Musk em um país que produz pouco ou nada importante e do qual as pessoas fogem (ou sonham em fugir) como se fosse o próprio inferno? Qual seria o nosso "valor de mercado" atual com terras que não fornecem alimentos ou mãos que os fazem produzir, com tecnologias e mentalidades obsoletas, com infraestrutura rodoviária e serviços básicos em péssimas condições, sem verdadeiros empreendimentos e empreendedores, sem liberdades essenciais para desencadear criatividade e cultivar as virtudes individuais e coletivas? Como estamos agora, e como estaremos em breve se o êxodo de homens e mulheres cubanos continuar, comprar Cuba é como comprar uma pedra no meio do mar.