• 08/09/2014
  • Compartilhe:

CAMPANHAS: FINANCIAMENTO PÚBLICO OU PRIVADO?

Sou inteiramente contrário ao financiamento público ainda maior (já existe um fundo partidário) para campanhas eleitorais. Os únicos que se manifestam a favor disso são os beneficiários dos recursos e os tolos que não sabem que são eles que irão pagar conta. E não adianta explicar. O brasileiro é o único pagador de impostos do mundo que não sabe que paga. Ele acredita que o governo faz o próprio dinheiro...

Ademais, em sã consciência, ninguém nascido neste país pode crer que instituído o financiamento público, deixará de haver financiamento privado. Nem quem está propondo pode levar isso a sério.

Obviamente, não existe fórmula perfeita. O que pode ser adotado são mecanismos para reduzir os custos das campanhas. Como? Reduzindo, por exemplo, o tamanho das circunscrições eleitorais, ou seja, o espaço geográfico onde cada candidato ao parlamento busca votos.

O que deveria ser proibido, no financiamento privado, é a doação de recursos para mais de um candidato ao mesmo cargo. Essa prática evidencia não uma adesão aos propósito do candidato financiado, mas a intenção de estabelecer influência sobre qualquer dos eleitos. Ou, nas eleições parlamentares, sobre muitos eleitos.

Nada há de errado em merecer apoio financeiro de uma empresa. Feio, muito feio, é tomar dinheiro do contribuinte (em nome de uma superior conduta moral) e, depois, ir buscar recursos nos cargos de governo, nas estatais e no achaque às empresas privadas. Se bem me faço entender.