• 19/08/2014
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A TRISTE SITUAÇÃO DOS APOSENTADOS


Aposentados e pensionistas são pessoas que deram dupla contribuição ao país. A primeira e principal mediante seu trabalho. O país que temos é, em grande parte, produto do empenho dos que vieram antes de nós. A segunda contribuição foi dada com o aporte financeiro mensal, ao longo dos anos, para gerar seu direito à aposentadoria quando a idade e a saúde não mais lhes permitissem trabalhar. É claro que todos eles, ademais, também serviram - e muitos ainda servem - à Pátria, à Nação, às suas comunidades e às suas famílias.

De outro lado, no rol dos aposentados e pensionistas foram incluídos milhões de pessoas que, cumpridas determinadas condições, passaram a receber do sistema uma pensão cujo único fundamento é o preceito legal que lhes reconhece tal direito pelo exercício de determinadas atividades ao longo de sua vida produtiva. São beneficiários sem prévia contribuição financeira. A principal consequência dos muitos desajustes, injustos privilégios e justas compensações se encontra representada nos dados abaixo, recebidos de um leitor, mostrando a degradação do valor recebido por aposentados e pensionistas do INSS em virtude da correspondente degradação da tesouraria do sistema.

Quem recebia 10 salários mínimos (SM) em 1997, ganhava R$ 1.200,00. Em 2014, esses 10 salários mínimos representariam R$ 7.239,00, mas o valor real do benefício é de R$ 3.588,00, equivalente a 4,96 SM.

No meio da tabela, 5 SM em 1997 representavam um benefício de R$ 600,00; em 2014 corresponderiam a R$ 3.619,00, mas o beneficiário recebe apenas R$ 1.794,00 ou o equivalente a 2,48 SM.

No pé da tabela, um benefício de 2 SM correspondia a R$ 240 em 1997. Hoje deveria corresponder a R$ 1.447,00 mas paga apenas R$ 724,00 ou seja, 1 SM.

O desequilíbrio que essa depreciação estabelece no orçamento dos idosos deveria ser incluído pelos legistas entre a "causa mortis" de muitos deles.