• Hermes Rodrigues Nery
  • 03/01/2009
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PARA QUE POSSAMOS CONJUGAR - LEGISLA?O E VIDA - Hermes Rodrigues Nery

Para Lu?Fernando Ferreira e J? Correia, dois grandes benfeitores, que amam o povo sambentista. “O mundo precisa de pessoas que descubram o bem, que se alegrem por causa dele e que, desse modo, encontrem a energia e a coragem para o bem”. Papa Bento XVI. Car?imos amigos, Com muita alegria e profunda emo?, assumo neste momento – Dia Mundial da Paz, a Presid?ia desse Legislativo Municipal. ?significativo receber o mandato nesse dia. A palavra do papa, na sua mensagem de hoje “Combater a Pobreza, Construir a Paz”, destaca que somos “chamados a constituir uma ?a fam?a, na qual todos – indiv?os, povos e na?s – regulem o seu comportamento segundo os princ?os da fraternidade e responsabilidade”.1 Cidade de beleza natural esplendente Ainda durante a campanha eleitoral, algu?me havia dito que S?Bento do Sapuca?mais do que uma cidade, ?m projeto de vida. Durante muitas vezes, aqui mesmo com muitos de voc? debatemos a identidade e a voca? desse Munic?o, de t?exuberantes recursos naturais, que o torna, sem d?a, a “j?da Mantiqueira”, como j? definiram nesta feliz express?po?ca. Mas uma j?que ainda precisa ser lapidada, como um instrumento a ser afinado, para alcan? o seu bem promissor. De fato, h?esta cidade uma leveza especial, que nos eleva a nos d?lento, a almejar ?“amplid?supernas”2 , como um sinal claro e puro do que Deus tem guardado para aqueles que o amam, ambiente apraz?l, onde “se frui o l?mo tesouro”3: a sua topografia, a claridade l?ida do ar, a paisagem doce dessas montanhas, como um b?amo ?vistas; o canto do sabi?o final da tarde, enquanto as gar? brancas sobrevoam a Fazenda do Estado; os vagalumes do vale do Quilombo (mencionados na obra cl?ica de Eug?a Sereno), os carros de bois do sr. Joaquim Costa, em cuja oficina algumas vezes pude recordar a m?ica do trabalho inspirado por S?Jos?que aparece na bela estampa de sua oficina. Ali pr?o, aonde algumas vezes fui com as crian? visitar o admir?l jequitib? ler os salmos4 ?eira do riacho, em meio aos seus bois. H?amb?os ip?magn?cos, especialmente o rar?imo ip?ranco, de flora? sempre inesquec?l. E ainda as belas cachoeiras, a Pedra do Ba?ue escalei uma ?a vez), o momento de confraterniza? na fogueira das temporadas do Acampamento Paiol Grande, as cavalgadas, as conversas t?enriquecidas com o artes?Ditinho Joana, em seu atelier de trabalho. Tocante a devo? desse povo: na via-sacra da Quaresma, quando vi – pela primeira vez – a cidade do alto do Cruzeiro, antes das seis da manh?a reza do ter?em fam?a, como na casa de D. Isolina, as prociss?e festas religiosas, a Paix?de Jesus Cristo encenada nas ruas da cidade pelo grupo de teatro amador, a coroa? de Nossa Senhora pelas crian? no m?mariano, as novenas e celebra?s nas igrejas dos bairros rurais, o almo?comunit?o no bairro do Quilombo na festa do 13 de maio, a Fanfarra Municipal no desfile c?co do 16 de agosto, o Z?ereira no carnaval, os animados catireiros, a congada, a Lira Musical Sambentista entrando triunfal na igreja Matriz, em ocasi?solenes, e tantas outras alegrias e express?desse povo que tem como voca? a vida em comunidade. Quem sabe um dia ainda serei festeiro! Sobre a beleza desse lugar privilegiado, referiu-se o historiador Pedro Paulo Filho; “a vida l?o alto da Serra era outra coisa: o clima ameno, o frio saud?l, a pureza e a luminosidade do ar, a fertilidade do solo, a beleza estonteante da natureza, a tudo davam maior vi? energia e for?”5 Em outra descri?, destaca que “a terra dava cereais em abund?ia, o leite era farto e o queijo, de primeira qualidade”.6 E acrescenta: “a c?bre Pedra do Ba?amb?chamada de Canastra, cuja parte principal, de propor?s monstruosas, s?acess?l ?grandes aves de rapina, como o gavi?pato, que, de asas esplanadas, e ferindo o azul do c? busca em horas do crep?lo para o repouso amigo, o rochedo agreste e escarpado”.7 L?e cima da Pedra do Ba?ude um dia contemplar, ao final do vale do Paiol Grande, a pequena povoa? que encantou a tantos pela sua singular caracter?ica buc?a: “da Pedra do Ba?companhada de duas outras menores, verdadeiro colosso de granito, servindo-lhe as nuvens de eri?a juba, e dominando, com sua gigantesca e majestosa grandeza, em raio de muitas dezenas de l?as e um incompar?l panorama de culturas, fazendas, serras, cordilheiras, rios, regatos, vales e campinas”.8 Regi?de excel?ias, “para a cria? do gado e pela fecundidade do solo (...) ornada de verdes e gordos pastos”9, ??Bento do Sapuca?de riqueza natural esplendente, cuja paisagem de 1895, descrita por Maria Am?a Salgado Loureiro, ainda hoje podemos vislumbrar maravilhados: “as bananeiras, os bambuais, os bosques pareciam mais verdes, as paineiras cintilavam em suas grinaldas lil? as casuarinas e cinamomos ciciavam; os barrancos e as estradas rasgavam fitas escarlates na paisagem; os cerrados de capoeiras im?s, escondiam as saudades e os ber? roxos dos nhambus; e, nos pomares, rescendentes de aromas, calavam-se os bem-te-vis, os can?os da terra e pintassilgos, os sanha? e tico-ticos, inebriados pela frag?ia das laranjeiras e dos pessegueiros em flor”.10 Se “a beleza ? express?vis?l do bem”11, vemos o quanto “a beleza ?ara dar entusiasmo ao trabalho”.12 O que conta ? capital humano N?faltam recursos naturais, nem recursos humanos. Mais do que recursos financeiros, conta mesmo o capital humano. Admiro muito os sambentistas natos que n?se deixaram seduzir pelos apelos dos grandes centros urbanos e decidiram ficar aqui para ajudar essa comunidade a alcan? seu destino. Pois, de algumas d?das para c?por for?da press?do ?do rural, muitas fam?as perderam o que h?e melhor: o capital humano. Isso porqu?com o desprest?o da agricultura, as crescentes dificuldades do setor pecu?o, e o af?e querer ficar rico r?do, fizeram com que os jovens perdessem de vista as ?as perspectivas dessa cidade, projetando o futuro fora daqui, para longe, e desviando-se assim do que poderiam fazer para realmente serem felizes. At?esmo os mais ilustres sambentistas (nascidos aqui) tiveram que sair de S?Bento do Sapuca?m busca de oportunidades e realiza? profissional e pessoal. Assim aconteceu com Pl?o Salgado, Miguel Reale e tantos outros. Lembro-me do dia em que fomos visitar Miguel Reale, poucos meses antes de sua morte, o grande jurista de renome internacional, em cuja resid?ia em que nasceu abriga hoje a Casa da Cultura, nos disse naquela entrevista: “a crise de hoje ?ais do que social, mas profundamente moral!” Crise de atitudes, de tomadas de decis?realmente pelo bem comum. Em meio a uma beleza t?admir?l, e recursos naturais t?pujantes, os que resistiram a tenta? de ir embora, vejo como ato merit?, mas mais her? ainda ?aber agora o que fazer para ajudar esse Munic?o a acolher melhor os seus filhos, a dar a eles mais oportunidades, a integrar melhor a comunidade, para que aqui seja poss?l viabilizar – como bem disse um desses apaixonados por S?Bento do Sapuca? a promiss?dessas alturas azuis da Mantiqueira: para que haja realmente um projeto de vida que justifique os nossos esfor?, que valha a pena os sacrif?os, que torne mais bonita e viva a nossa hist?, e que eleve a nossa auto-estima. A retomada do Plano Diretor, com primazia ?ignidade da pessoa humana Miguel Reale conta em suas mem?s, que S?Bento do Sapuca?ez parte do “plano de imigra? diversificada e ecol?a concebido pelo Imperador Pedro II (...), onde para c?ieram um operoso n?o de imigrantes tentar fortuna nas fraldas da Mantiqueira, como os Chiaradia, os Canineo, os Gargaglioni, os Mittidieri, os Olivetti, os Castagnacci e outros”.13 O Imperador chegou a vislumbrar e a dar o incentivo necess?o para S?Bento do Sapuca?ealizar sua voca? de produtor das “melhores ?ores frut?ras”.14 A Fazenda do Estado ?ma amostra clara, ainda hoje, do quanto essa voca? permanece uma espl?ida perspectiva. “N?h?esenvolvimento, sem envolvimento”, foi esse o meu lema de campanha. Por isso, vamos intensificar o trabalho para que haja um desenvolvimento vital. Para isso, h?uas palavras-chaves nesse processo: RECURSOS e PROJETO. Mais importante que os recursos, s?os projetos, pois os recursos s?apenas meios, existem para a realiza? do projeto, da?caros colegas Vereadores] o nosso desafio de encontrar um melhor equacionamento entre projeto e recursos, para esta e as pr?as gera?s, para que haja uma “rede de rela?s verdadeiras e sinceras com os nossos semelhantes”.15 O car?r projetivo da vida resulta de op?s, da?ue o destino ?ruto da liberdade. “A hist? reduz-se n?simplesmente aos fatos, mas tamb?aos projetos, isto ?ao que n?azemos com os fatos”.16 Por isso, a primeira iniciativa que buscaremos viabilizar ? retomada do PLANO DIRETOR, pois essa ? oportunidade que temos para somarmos esfor? nessa converg?ia e trabalharmos pelo bem do Munic?o, “para fazer algo juntos”,17 “um quefazer do qual todos participam ativamente”.18 Como destacou o documento produzido pela Oficina Municipal, ?reciso buscar integrar a qualidade t?ica com os princ?os do humanismo crist? tendo como primazia a dignidade da pessoa humana. Esse ? foco principal. “O princ?o da dignidade do ser humano tem raiz na sua voca? ?ranscend?ia e dela decorrem os direitos inalien?is da pessoa: o direito ?ida e a tudo aquilo que ?ecess?o para promov?a e preserv?a; o direito ?iberdade exercida com responsabilidade; o direito ?onstitui? e ?ida em fam?a, com garantias ?eg?ma privacidade; o direito ?duca? e ?ultura; o direito ?articipa? na vida social, que inclui o exerc?o pleno da cidadania e o conjunto dos direitos civis; o direito ?iv?ia da sua f?eligiosa. Sendo assim, o Plano Diretor h?e ter em vista, em primeiro lugar, promover a dignidade da pessoa humana (cada pessoa) na perspectiva do Bem Comum.”19 Esta ?ao nosso ver, a ferramenta que temos para come? a gestar e a consolidar o “projeto de vida” que queremos, para otimizar as melhores possibilidades de S?Bento do Sapuca?tendo em vista “a centralidade da pessoa humana em todo ?ito e manifesta? da sociabilidade”,20 pois “toda vida social ?xpress?do seu inconfund?l protagonista: a pessoa humana”.21 Quando carecemos de um “projeto hist?o comum”, ficamos deficientes daquela “raz?de viver”, que nos motiva ao entusiasmo, pois “uma realidade qualquer est?m crise quando apresenta desempenho inferior ?suas possibilidades”,22 da?ue o verdadeiro enriquecimento “?ntendido n?s?mo progresso econ?o, mas, essencialmente, como alargamento do horizonte das possibilidades vitais”.23 Tamb?a reforma da Lei Org?ca do Munic?o se faz necess?a, e outras a?s nesse sentido, para que possamos conjugar “legisla? e vida”. As bases norteadoras da Doutrina Social da Igreja Ao ter a Doutrina Social da Igreja como base norteadora das a?s pol?cas que desejamos viabilizar (base esta tamb?indicada pelo Partido Humanista da Solidariedade – PHS), ressaltamos que a doutrina social a que nos referimos “visa a um humanismo total, vale dizer ?iberta? de tudo aquilo que oprime o homem. A doutrina social indica e tra?caminhos a percorrer por uma sociedade reconciliada e harmonizada na justi?e no amor, antecipada na hist?, de modo incoativo e prefigurativo, daqueles novos c? e... nova terra, nos quais habitar? justi?(2Pd 3, 13).”24 E ainda: “a doutrina social tem uma destina? universal. A luz do Evangelho, que a doutrina social reverbera sobre a sociedade, ilumina todos os homens e cada consci?ia e intelig?ia se torna apta a colher a profundidade humana dos significados e dos valores por ela expressos, bem como a carga de humanidade e de humaniza? das suas normas de a?. De modo que todos, em nome do homem, da sua dignidade uma e ?a, e da sua tutela e promo? na sociedade, todos, em nome do ?o Deus, Criador e fim ?mo do homem, s?destinat?os da doutrina social da Igreja”25 , pois “Deus ?brigo definitivo e plenamente feliz de toda a pessoa”.26 O direito ?ida: primeiro e principal de todos os direitos humanos Para trabalharmos no “projeto de vida” que queremos, com as diretrizes universais da lei natural contida na doutrina social da Igreja, temos muito claro o sentido e o valor dos direitos humanos, sendo que “a fonte ?ma dos direitos humanos n?se situa na mera vontade dos seres humanos, na realidade do Estado, nos poderes p?cos, mas no homem e em Deus seu Criador”27, pois “a legisla? n?pode basear-se somente no consenso pol?co, mas tamb?sobre a moral que se fundamenta em uma ordem natural objetiva”. 28 Da?ue outra iniciativa que procuraremos trabalhar – aqui mesmo neste Legislativo Municipal – ?om a forma?, promovendo cursos, debates, audi?ias p?cas sobre temas relevantes, foruns permanentes, e especialmente, um trabalho de forma? voltado para o jovem e os pais, tamb?aos casais, com o tema “Fam?a, Escola de Vida”, pois seremos incans?is no investimento do capital humano, a come? pela primeira e principal de todas as institui?s, pois “a fam?a ?mportante e central em rela? ?essoa.” 29 Nesse sentido, proporemos pol?cas p?cas permanentes para “defender a vida em todas as suas fases, desde a concep? at? morte natural, reconhecer e promover a estrutura natural da fam?a, como uni?entre um homem e uma mulher, atrav?do matrim?, e tutelar o direito dos pais a educar os pr?os filhos, tudo isto como conseq?ia de princ?os inscritos na natureza humana e comuns a toda a humanidade”. 30 “O ser humano ?eito para amar e sem amor n?pode viver.” Temos ainda o desafio de perseverar na pol?ca como arte do congra?ento, para contrapor-se ?ilo que corr? seu verdadeiro sentido. Para Arist?es, a comunidade pol?ca “? forma mais elevada de comunidade”,31 quando realmente visa o congra?ento em torno do bem comum. Por isso a sabedoria antiga j?onfirmara que “o homem quando perfeito, ? melhor dos animais; por? quando apartado da lei e da justi? ? pior de todos”.32 A pol?ca, portanto, deve nos levar ao que ?xcelente, existe para isso, caso contr?o, ??rgonha e humilha?. E s?amor ao bem e ?erdade ?ue nos far?realmente promotores da excel?ia. “A for?da Hist? se encontra precisamente nas pessoas que amam, de uma for? portanto, que n?se pode medir de acordo com categorias de poder”.33 Dizemos tudo isso porque temos a profunda convic? de que “o ser humano ?eito para amar e sem amor n?pode viver.”34 E para isso, temos consci?ia que, muitas vezes, “amar ?star pronto para sofrer”.35 N?h?l? sem cruz, e todo bom trabalho aqui iniciado, s?r?lenificado na realidade ulterior, pois “a contempla? da verdade come?nesta vida, mas s? futura ser?onsumada”.36 Ao contr?o do que tanto apregoou Rousseau, ao afirmar que o homem nasce bom e a sociedade o corrompe, a experi?ia hist?a nos mostrou justamente outra realidade: a de que a pessoa nasce com promiss? podendo salvar-se ou perder-se, a depender de suas escolhas, para onde direciona seu livre-arb?io, tendo que fazer op?s, sacrif?os e at?en?as para n?se inclinar ?pervers? Pois que o desafio ?co ? de fazer o bem, e para isso as exig?ias s?imperativas. “Trata-se de tornar bom o mundo interior, de fazer com que a alma seja sadia, boa e bela”37, para que n?sejamos ref? das circunst?ias condicionantes, das “estruturas do mal” 38, mas capazes de nos elevarmos e direcionar-nos ao bem. Da?ue temos que dar o bom exemplo, se quisermos realmente promover o desenvolvimento moral que desejamos, pois “para que uma coisa seja causa de outra, deve antes ser perfeita em si mesma”. 39 Larga ?esmo a estrada para o mal, estreit?ima a via para o bem. Isso requer consci?ia de que haver?bst?los, sedu?s e tenta?s que visam o desvio de prop?os. Da? imperativo moral exigir a coer?ia de vida. O valor c?co e p?io ?quele que nos mant?perseverantes no bem, mesmo a custa de dores e dissabores. ?certo o que dissera S?tes: “N?se tenha por dif?l escapar ?orte, porque muito mais dif?l ?scapar ?aldade; ela corre mais ligeira que a morte”.40 Sob esta perspectiva, respondendo ?nterroga? do fil?o grego – de que se a virtude pode ou n?ser ensinada – podemos hoje, ?uz da experi?ia hist?a, afirmar que n?s?de como deve ser ensinada, pois ?ela educa? que as virtudes devem ser alcan?as, para o bem de todos. Mais do que bem-estar social (que ?eg?mo e justo), temos que motivar os nossos jovens ao vigor moral, pois s?sim encontrar?o sentido de vida, capaz de oferecer as condi?s para a verdadeira realiza? pessoal, pois “aquele que ama viver retamente tem certamente prazer nisso, de tal modo que encontra n?apenas o bem verdadeiro, mas ainda real do?a e alegria”.41 Da?ue trabalhar por pol?cas p?cas em defesa e promo? da estrutura natural da fam?a, da vida humana, em todas as suas fases, e da dignidade da pessoa humana, requer, sim, o imperativo moral; pois “quanto mais uma coisa ?erfeita na virtude e mais se manifesta em grau elevado a bondade, tanto mais universal lhe ? apetite do bem e mais procura e produz o bem que est?istante dela”.42 Por isso, procuraremos fazer desse mandato inteiramente pr?da, buscando “promover uma op? decisiva pela vida humana e por sua plena dignidade”.43 Para finalizar, queremos dizer que, a partir desse momento, e no tempo em que nos foi confiada essa miss? tudo faremos para alavancar as boas iniciativas que permitam S?Bento do Sapuca?ncontrar seu destino promissor, a partir das suas excel?ias naturais. Fazemos aqui o grande apelo pela soma de esfor? nesse sentido. Se o papa conclama, em sua Mensagem para a Paz, de que para “guiar a globaliza? ?reciso uma forte solidariedade global”, temos que come? esse trabalho em n?l local, e mais, ainda no n?o familiar.44 Fazemos esse apelo por uma “rede da solidariedade”, a partir do que prop? papa: “n?sente cada um de n?no ?imo da consci?ia, o apelo a dar a pr?a contribui? para o bem comum e a paz social?”45 H?uito o que fazer, os dias correm c?res, a partir de agora se esvai r?do a areia da ampulheta. Cada dia, ser?edicado a esta miss?de congra?ento, no interc?io com as pessoas, lideran?, institui?s, vamos trabalhar todos os dias, para que cada dia seja fecundo e edificante. ?o que sempre afirmo a come? em casa, para meus filhos, e a todos os que trabalham conosco: ?a Deus quem prestaremos contas um dia dos nossos atos. ?Ele quem governa a hist?, e tudo sabe, e conhece por dentro quem realmente somos. Se formos d?s ?? do Esp?to Santo, e colocarmos a m?no arado, coisas boas v?acontecer, pois Deus ? Senhor das maravilhas. Tocou-me ap? campanha eleitoral, ao sair ?ruas, as pessoas vinham me procurar para cumprimentar e eu via no brilho dos olhos uma chama de esperan? algumas dizendo: “precisamos realmente nos sentir representados”. A essas pessoas, especialmente ?mais simples, n?posso decepcionar. Quero que o voto de confian?dado, seja correspondido, com muito trabalho e coer?ia, aten? ?suas necessidades (materiais e imateriais), disponibilidade, afeto, ternura, compaix? enfim, humanidade. Sou muito grato ao povo sambentista por estar aqui, e serei – podem ter certeza – um paladino das causas nobres e justas, um humil?imo servidor desse povo. DEUS SEJA LOUVADO! Bibliografia: 1. Mensagem de Sua Santidade Bento XVI para a Celebra? do Dia Mundial da Paz.: “Combater a Pobreza, Construir a Paz”, 1 de janeiro de 2009. http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/messages/peace/documents/hf_ben-xvi_mes_20081208_xlii-world-day-peace_po.html 2. Dante Aleghieri, A Divina Com?a, Para?, Canto XXIII, 28, Villa Rica Editoras Reunidas Ltda., p. 477. 3. Dante Aleghieri, A Divina Com?a, Para?, Canto XXIII, 133, Villa Rica Editoras Reunidas Ltda., p. 482. 4. Sl 142, 10 – “Ensina-me a fazer a tua vontade, porque tu ?o meu Deus; o teu esp?to, que ?om, me conduzir? terra de retid?” 5. Pedro Paulo Filho, Hist? de Campos do Jord? Editora Santu?o, 1986, p. 31. 6. Pedro Paulo Filho, Hist? de Campos do Jord? Editora Santu?o, 1986, p. 31. 7. Pedro Paulo Filho, Hist? de Campos do Jord? Editora Santu?o, 1986, p. 33. 8. Pedro Paulo Filho, Hist? de Campos do Jord? Editora Santu?o, 1986, p. 65. 9. Pedro Paulo Filho, Hist? de Campos do Jord? Editora Santu?o, 1986, p. 52. 10. Maria Am?a Salgado Loureiro, Pl?o Salgado, Meu Pai; Edi?s GRD, 2001, p. 7. 11. Carta do Papa Jo?Paulo II aos Artistas, Ed. Paulinas, 1999, p. 9. 12. Cyprian Norwid, Promethidion, Bogumi, vv. 185-186: Pisma wybrane, II (Vars?, 1968), p. 216; Carta do Papa Jo?Paulo II aos Artistas, Ed. Paulinas, 1999, p. 9. 13. Miguel Reale, Mem?s, Volume 1 – Destinos Cruzados; Editora Saraiva, 1986, p. 2. 14. Miguel Reale, Mem?s, Volume 1 – Destinos Cruzados; Editora Saraiva, 1986, p. 2. 15. Comp?io da Doutrina Social da Igreja, 43; Pontif?o Conselho “Justi?e Paz” (http://www.jesus.2000.years.de/roman_curia/pontifical_councils/justpeace/documents/rc_pc_justpeace_doc_20060526_compendio-dott-soc_po.html). 16. Gilberto de Mello Kujawski, A P?ia Descoberta, Editora Papirus, 1992, p. 38. 17. Gilberto de Mello Kujawski, A P?ia Descoberta, Editora Papirus, 1992, p. 47. 18. Gilberto de Mello Kujawski, A P?ia Descoberta, Editora Papirus, 1992, p. 47. 19. Plano Diretor do Munic?o de S?Bento do Sapuca? Cen?o Atual e Diagn?co, Cen?o Futuro, Diretrizes estrat?cas; Oficina Municipal, Dezembro de 2004. 20. Comp?io da Doutrina Social da Igreja, 106; Pontif?o Conselho “Justi?e Paz” (http://www.jesus.2000.years.de/roman_curia/pontifical_councils/justpeace/documents/rc_pc_justpeace_doc_20060526_compendio-dott-soc_po.html). 21. Comp?io da Doutrina Social da Igreja, 106; Pontif?o Conselho “Justi?e Paz” (http://www.jesus.2000.years.de/roman_curia/pontifical_councils/justpeace/documents/rc_pc_justpeace_doc_20060526_compendio-dott-soc_po.html). 22. Gilberto de Mello Kujawski, A P?ia Descoberta, Editora Papirus, 1992, p. 20. 23. Gilberto de Mello Kujawski, A P?ia Descoberta, Editora Papirus, 1992, p. 23. 24. Comp?io da Doutrina Social da Igreja, 82; Pontif?o Conselho “Justi?e Paz” (http://www.jesus.2000.years.de/roman_curia/pontifical_councils/justpeace/documents/rc_pc_justpeace_doc_20060526_compendio-dott-soc_po.html). 25. Comp?io da Doutrina Social da Igreja, 84; Pontif?o Conselho “Justi?e Paz” (http://www.jesus.2000.years.de/roman_curia/pontifical_councils/justpeace/documents/rc_pc_justpeace_doc_20060526_compendio-dott-soc_po.html). 26. Comp?io da Doutrina Social da Igreja, 110; Pontif?o Conselho “Justi?e Paz” (http://www.jesus.2000.years.de/roman_curia/pontifical_councils/justpeace/documents/rc_pc_justpeace_doc_20060526_compendio-dott-soc_po.html). 27. Comp?io da Doutrina Social da Igreja, 153; Pontif?o Conselho “Justi?e Paz” (http://www.jesus.2000.years.de/roman_curia/pontifical_councils/justpeace/documents/rc_pc_justpeace_doc_20060526_compendio-dott-soc_po.html). 28. Declara? de Aparecida em Defesa da Vida (http://www.zenit.org/article-17595?l=portuguese). 29. Comp?io da Doutrina Social da Igreja, 212; Pontif?o Conselho “Justi?e Paz” (http://www.jesus.2000.years.de/roman_curia/pontifical_councils/justpeace/documents/rc_pc_justpeace_doc_20060526_compendio-dott-soc_po.html). 30. Declara? de Aparecida em Defesa da Vida (http://www.zenit.org/article-17595?l=portuguese). 31. Arist?es, Pol?ca, Os Pensadores, Nova Cultural, 1999, p. 143. 32. Arist?es, Pol?ca, Os Pensadores, Nova Cultural, 1999, p. 147. 33. Joseph Ratzinger, O Sal da Terra – O Cristianismo e a Igreja Cat?a no Limiar do Terceiro Mil?o – Um Di?go com Peter Seewald, Ed. Imago, 1997, p. 34. Comp?io da Doutrina Social da Igreja, 223; Pontif?o Conselho “Justi?e Paz” (http://www.jesus.2000.years.de/roman_curia/pontifical_councils/justpeace/documents/rc_pc_justpeace_doc_20060526_compendio-dott-soc_po.html). 35. 1ª Homilia do Papa Bento XVI – Santa Missa – Imposi? do P?o e entrega do anel do pescador para o in´cio do Minist?o Petrino do Bispo de Roma (http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/homilies/2005/documents/hf_ben-xvi_hom_20050424_inizio-pontificato_po.html) 36. S?Tom?de Aquino, Suma Contra os Gentios, Volume II, Livros IIIº e IVº, EDIPUCRS em co-edi? com Edi?s EST, Porto Alegre, 1996, p. 487. 37. Jacques Maritain, A Filosofia Moral, Editora Agir, 1973, p. 27. 38. Joseph Ratzinger, O Sal da Terra – O Cristianismo e a Igreja Cat?a no Limiar do Terceiro Mil?o – Um Di?go com Peter Seewald, Ed. Imago, 1997, p. 176. 39. S?Tom?de Aquino, Suma Contra os Gentios, Volume II, Livros IIIº e IVº, EDIPUCRS em co-edi? com Edi?s EST, Porto Alegre, 1996, p. 410. 40. S?tes, Os Pensadores – Plat? Apologia de S?tes. Nova Cultural, 1999, p. 70. 41. Santo Agostinho. O Livre-Arb?io, Ed. Paulus, 1995, p. 63. 42. S?Tom?de Aquino, Suma Contra os Gentios, Volume II, Livros IIIº e IVº, EDIPUCRS em co-edi? com Edi?s EST, Porto Alegre, 1996, p. 418. 43. Declara? de Aparecida em Defesa da Vida (http://www.zenit.org/article-17595?l=portuguese). 44. Mensagem de Sua Santidade Bento XVI para a Celebra? do Dia Mundial da Paz.: “Combater a Pobreza, Construir a Paz”, 1 de janeiro de 2009. http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/messages/peace/documents/hf_ben-xvi_mes_20081208_xlii-world-day-peace_po.html 45. Mensagem de Sua Santidade Bento XVI para a Celebra? do Dia Mundial da Paz.: “Combater a Pobreza, Construir a Paz”, 1 de janeiro de 2009. http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/messages/peace/documents/hf_ben-xvi_mes_20081208_xlii-world-day-peace_po.html Ep?afe: Joseph Ratzinger, O Sal da Terra – O Cristianismo e a Igreja Cat?a no Limiar do Terceiro Mil?o – Um Di?go com Peter Seewald, Ed. Imago, 1997, p. 31