Aqui se cultuam grandes pensadores e líderes que impulsionaram positivamente a história.
"Um homem com convicção pode superar uma centena que tem apenas opiniões."
"O poder concentrado sempre foi o inimigo da liberdade."
“O estado deve ser um servo. E não um mestre!”
"Todos querem viver à custa do Estado, mas esquecem que o Estado vive à custa de todos".
"Justiça sem misericórdia é crueldade."
“No final de contas, o valor de um Estado é o valor dos indivíduos que o compõem.”
"A Cultura é o mar onde navega ou se perde, bóia ou naufraga o barco da política partidária".
"Os marxistas inteligentes são patifes. Os marxistas honestos são burros. E os inteligentes e honestos nunca são marxistas."
"As pessoas não serão capazes de olhar para a posteridade, se não tiverem em consideração a experiência dos seus antepassados."
"Cuidado com o Estado. Ele é perigoso e anda armado.”
"Como os comunistas perceberam desde o início, controlar a linguagem é controlar o pensamento - não o pensamento real, mas as possibilidades do pensamento."
"Um homem com convicção pode superar uma centena que tem apenas opiniões."
"O poder concentrado sempre foi o inimigo da liberdade."
“O estado deve ser um servo. E não um mestre!”
"Todos querem viver à custa do Estado, mas esquecem que o Estado vive à custa de todos".
Artigos do Puggina
Percival Puggina
09/03/2025
Percival Puggina
Cinco séculos após sua morte, o filósofo italiano Niccolò Machiavelli prossegue fazendo príncipes no mundo dos vivos. Seu nome entrou para a história da Política e dificilmente alguém dedicado a essa ciência ou ao Direito desconhecerá “O Príncipe”, obra máxima do autor. Em ambas, na Política e no Direito, seu gênio suscita debates de natureza moral que tornaram o adjetivo “maquiavélico” sinônimo de ardiloso e perverso.
Convido os leitores a ponderar as seguintes frases do fazedor de príncipes:
“As pessoas devem ser acariciadas ou esmagadas. Se você lhes causar danos menores, elas se vingarão; mas se você as aleijar, nada há que elas possam fazer. Se precisar ferir alguém, faça isso de tal forma que não tenha que temer sua vingança.”
“Deveis saber, então, que existem dois modos de combater: um com as leis, o outro com a força. O primeiro é próprio do homem, o segundo, dos animais; mas, como o primeiro modo muitas vezes não é suficiente, convém recorrer ao segundo”.
“É necessário que um príncipe que deseje se manter saiba como fazer o bem, e usá-lo ou não, conforme a necessidade”.
“O primeiro método para observar a inteligência de um príncipe, é observar os homens que o cercam”.
Em O Príncipe, Machiavel retratou com crueza cínica, vê-se bem, a política de seu tempo. Escreveu sem pruridos morais o que aprendeu da História sobre conquista e preservação do poder. Aliás, lido o pequeno texto, fica-se com a impressão de que Machiavel aprovava e recomendava o que seu conterrâneo Dante reprovara 200 anos antes ao colocar em diferentes círculos do Inferno personagens que exerceram, sem freios, grande poder político, econômico, religioso e cultural.
Note-se que na perspectiva dele – homem de Florença nos esplendores do século XV – observando os príncipes de seu tempo, virtuosa era a conquista e a preservação de poder e de território. As regras de ouro do Príncipe eram conquistar para não ser conquistado e impor-se para não ser submetido. Aquilo que chamamos vício ou perversão seriam, para ele, meios úteis se servissem a esses fins considerados virtuosos em si mesmos. Assim pensando e escrevendo, Machiavel não abre a caixa de Pandora da política porque ela sempre esteve aberta. Seus males voam em círculos através dos milênios, como aves de carniça, em torno do poder.
Tem razão o leitor quando pensa que, em várias nações, muitos desses males retornaram à caixa de Pandora. O fim do absolutismo monárquico levou o Ocidente a descobrir que a Liberdade é o grande escudo das democracias. No século XIX, porém, enquanto as monarquias constitucionais se consolidavam como democracias estáveis, repúblicas presidencialistas suscitam descontinuidades e novas tiranias. A partir de meados do século XX, outras formas de poder surgiram e, nelas, em todas elas, se foram tornando nítidas, como que gravadas na rocha, as palavras que Machiavel dirigiu aos “príncipes” deste mundo.
Pensou em algo ou alguém?
Percival Puggina (80) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.
Percival Puggina
07/03/2025
Percival Puggina
O prêmio atribuído ao filme de Walter Salles Jr. na recente cerimônia do Oscar não é dos que me encheriam de orgulho pátrio. Um Nobel – unzinho só – em Literatura ou Ciências me faria bem mais feliz. Nosso longo jejum de 124 anos junto à Real Academia Sueca diz muito sobre um país onde os melhores talentos naturais vão embora, a começar pelos craques da bola, que, ainda imberbes, seguem direto do campinho da vila para a Europa.
O filme “Ainda estou aqui” reproduz o velho truque usado pelo mesmo diretor, com muito sucesso político, na produção de “Diários de motocicleta (2004)”. Naquele início de milênio, curioso por conhecer um país comunista, eu fizera minhas primeiras andanças por Cuba em voos baratos da Cubana de Aviación. Lera muito sobre a revolução e seus dois principais personagens – Fidel e Che – e publicara, no mesmo ano, a primeira edição de “Cuba, a tragédia da utopia”.
O truque do laureado cineasta consistiu então, como agora, em contar de modo talentoso a parte politicamente conveniente de uma história real. É um recorte, um short, um mero tik tok extraído do que realmente aconteceu, porque contar a história inteira arruinaria o efeito político desejado.
“Diários de motocicleta” conta a viagem que os jovens mochileiros Ernesto Guevara de la Serna e seu amigo Alberto Granado fizeram em 1952, saindo de Buenos Aires rumo a Caracas. No percurso de moto, entre aventuras e vicissitudes, os dramas sociais vistos ao longo do percurso andino vão alterando o espírito de Ernesto, levando-o a gastar o tempo livre na leitura de obras marxistas e na redação do diário de viagem.
Um de seus trechos mais expressivos se reporta ao curto período em que o Ernesto e Alberto passaram à margem do Amazonas num leprosário cuidado por religiosas peruanas. Do que ali aconteceu, Salles ressalta dois episódios: a) os viajantes se recusaram a utilizar as desnecessárias luvas que as freiras exigiam para contato com os pacientes; e b) no domingo, por ausência à missa, foram punidos com supressão do almoço porque a regra das irmãs era a de que “quem não alimenta o espírito não merece o alimento do corpo”.
Os dois relatos, como desejava o cineasta, induzem o telespectador a concluir que Ernesto foi mais cristão do que as freiras, mais generoso nas suas relações e mais sensível do que elas aos problemas dos doentes... Ou seja: o argentino era um anjo de bondade e as irmãs um bando de mulheres perversas.
No entanto, à semelhança do que acontece mundo afora em tantos leprosários mantidos há séculos por ordens religiosas, as irmãs de San Pablo passaram suas vidas num recôndito da selva amazônica cuidando, anonimamente, dos portadores da terrível enfermidade. Não mereciam que Walter Salles Jr., em seu intuito de construir o mito do Che, exaltando o comunista e zombando do cristianismo, as apresentasse ao público como insensíveis megeras.
O filme de 2004 termina abruptamente, quando os dois amigos se separam. Uma mensagem na tela informa que Ernesto Guevara de la Serna se incorporaria à revolução cubana e se tornaria um de seus comandantes. Mas que diabo! É ali que sai o adolescente mochileiro e entra o vulto histórico tomado pelo ódio mortal aos adversários, transformado em fria “máquina de matar”. E esse é apenas um dos maus resultados da ideologia que as duas realizações querem mostrar virtuosa, pois “Ainda estou aqui” faz a mesmíssima coisa. Os dois filmes com a história inteira de seus personagens Walter Salles Jr. não fez e jamais fará.
Achou ruim? Pior, muito pior, é saber que nas salas de aula do Brasil a mesma extrema esquerda aplica idêntico truque para enfeitar os recortes, os tik toks, proclamados como inteiras verdades históricas sobre os mais variados assuntos.
* Este artigo usa trechos de dois artigos que escrevi para o Correio do Povo em maio e julho de 2004.
Percival Puggina (80) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.
Percival Puggina
01/03/2025
Percival Puggina
Nestes últimos anos, tenho mantido o ânimo com base na certeza de que haverá chuva depois da seca e sol depois da enchente. Um dia, a tragédia brasileira haveria de passar e o principal papel do mero cidadão, como eu, era não fornecer um recibo de silêncio aos malefícios de cada momento. Se quem cala consente, então, resta o brado: “Não com nosso consentimento!”
Inúmeras vezes, recebi mensagens de leitores tão afoitos quanto acomodados reclamando que “Só falar não resolve!”, como se silenciar e reclamar de quem fala resolvesse... Nessas ocasiões, cuidei de advertir que se falar não resolvesse, as tiranias não fariam da censura o mais comum de seus documentos de identidade. Elas mesmas, simetricamente, se valem muito da palavra, da comunicação, para sua própria consolidação. Por isso, todo tirano é um falastrão, um boquirroto.
Desde meados de 2022, repassando em pensamento e sentimentos as impressões deste período, nunca os fatos sinalizaram qualquer otimismo em relação ao futuro nacional de curto prazo. Agora, porém, eles mostram que a mudança começou e me vêm à mente os versos que o grande Evaristo da Veiga escreveu à brava gente.
Os sinais promissores são evidentes. O governo petista, levado pela mão ao Palácio do Planalto, convive com a mais profunda rejeição já experimentada por qualquer outro governo de que me lembre. Segundo a última pesquisa do Datafolha (10 e 11 de fevereiro), apenas 24% dos brasileiros ainda consideram o governo petista como bom e ótimo. Como consequência, hóspedes das cabines de luxo somam-se aos tradicionais habitantes do porão e abandonam o barco.
Em Washington, as reiteradas visitas de parlamentares brasileiros passaram a produzir efeito após a vitória de Donald Trump. Cobras e lagartos aparecem na inspeção em curso na USAID. Inusitada comitiva da Corte Interamericana de Direitos Humanos (OEA), vem ao Brasil e até militantes de esquerda se declaram impressionados com as denúncias ouvidas. No Brasil, esses fatos só não constrangem e revoltam àqueles que usam dos direitos humanos como prerrogativa de companheiros e camaradas.
Embora Marx, Engels e seus seguidores ensinem o contrário, a luta de classes não é o motor da História. Seus discípulos brasileiros “empurram a História”, mas o motor não pega. Então, sua excelência, o imprevisto, entra no Salão Oval com a desenvoltura de Elon Musk. Marco Rubio se torna Secretário de Estado. Como resultado, os Estados Unidos colocam sobre o balcão um arsenal de dispositivos legais já existentes, outros em tramitação e um compromisso de acioná-los em defesa dos direitos humanos contra quem os atropela. A situação se agrava para aqueles que abandonam as vítimas sem lhes dar atendimento.
Fora das especulações, há, sim, um conjunto de fatos reais a comemorar.
Percival Puggina (80) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.
Outros Autores
Minha posição política é conservadora em relação ao que tem valor permanente. Quer mudar dentro da ordem o que precisa ser mudado. É democrata e serve ao bem da pessoa humana segundo uma antropologia e uma ética cristã. É pró-vida e sustenta a superior dignidade da pessoa humana. Vê a liberdade como sócia bem sucedida da verdade e da responsabilidade. É liberal porque sabe o quanto é necessário impor freios e limites ao Estado, cujos poderes deveriam agir para se tornarem cada vez menos necessários. Defende o direito de propriedade e as liberdades econômicas. Sem prejuízo de muitas outras exclusões, nessa posição política não há lugar para defensores de totalitarismos e autoritarismos, para fabianos e companheiros de viagem de esquerdistas, nem para políticos patrimonialistas.
Para defender essas posições, nasceu este website em 2003. Mediante sucessivas incorporações de novas tecnologias chega a esta quarta forma visual de apresentar os conteúdos com que espera proporcionar a seus leitores bom alimento à mente e ao espírito. Sejam todos muito bem-vindos e que Deus os abençoe.
É meu mais recente livro publicado. Aos 60 anos da revolução que destruiu a antiga Pérola do Caribe, ampliei e atualizei neste livro a primeira edição da obra, publicada em 2004. A análise da realidade cubana segue os mesmos passos, mas o foco do texto vai posto, principalmente, no jovem leitor brasileiro. Enquanto a primeira edição olhou de modo descritivo a realidade em si, esta segunda edição amplia as informações e registra as alterações constatadas ao longo dos últimos 15 anos, levando em conta a necessidade de confrontar as mentiras que a propaganda pró Cuba conta com a verdade que lá se vê, e de destruir com as razões da Razão os sofismas que são construídos para justificar a perversidade do regime.
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